A cheia do Guaíba recuou durante a madrugada, depois de alcançar, na tarde desta segunda-feira (12), o maior nível desde a grande enchente de 1941. Segundo estimativa da SPH/RS (Superintendência de Portos e Hidrovias), no entanto, o lago alcançou os 2,94 metros às 21h45min.
No momento, também segue interditada a alça de acesso à avenida da Legalidade, pela Rua Voluntários da Pátria com a Avenida Cairú. Agentes estão presentes na avenida Assis Brasil, limite com o município de Cachoeirinha, que está com trânsito normal, porém, como o nível do rio Gravataí está alto, está sendo monitorado.
Na manhã desta terça-feira, o Guaíba está baixando. Às 22h15min, o nível estava em 2,74 metros. Por precaução, a Prefeitura de Porto Alegre decidiu, ainda na tarde de domingo (11), fechar emergencialmente 13 das 14 comportas do Cais do Porto da Capital. A última comporta aberta do Cais Mauá, localizada em frente da avenida Sepúlveda, foi fechada às 18h desta segunda-feira (12) por uma equipe do DEP (Departamento de Esgotos Pluviais).
Em outro ponto da régua eletrônica do Sistema MetroClima, na Ilha da Pintada, o nível do Guaíba está em 2,26 metros, conforme medição das 22h. O nível de alerta começa em 1,8 metros. O nível do Guaíba pode ser acompanhado em tempo real.
Também estão em funcionamento 17 das 18 casas de bombas. Apenas uma passa por manutenção, conforme a Prefeitura de Porto Alegre.
Em função da cheia do Guaíba, o serviço do Catamarã, operado pela Catsul, foi suspenso por tempo indeterminado, até se ter segurança para operar a embarcação. Nesta segunda-feira, a SPH vistoriou o canal de navegação e liberou a operação, entretanto, a Marinha do Brasil precisa autorizar também.
A segunda maior cheia
Cheia de 1941 na Praça da Alfândega. Na foto, a avenida Sepúlveda e o atual MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul). Crédito: Acervo DEP/ PMPA
Conforme dados da SPH/RS (Superintendência de Portos e Hidrovias), a maior cheia do Guaíba ocorreu em abril de 1941, quando o lago alcançou 4,76 metros. Conforme registros meteorológicos da época, durante os meses de abril e maio a precipitação somou 791 milímetros em Porto Alegre.
Grande parte do Centro ficou alagado. O Aeroporto também ficou submerso. Cerca de 70 mil pessoas, um quarto da população da cidade na época, ficou sem energia elétrica e água potável.
#Em24h Ontem a tarde o Guaiba botava para fora. Hoje está mais distante de extravasar. Fotos do @MetroclimaPOA. pic.twitter.com/Ox9ld7GiE6
— CEIC – Metroclima (@MetroclimaPOA) 13 outubro 2015