Cotidiano

Chanceler brasileiro reitera importância de negociações UE-Mercosul

Após reunião com os chanceleres de países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai), em Montevidéu, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, tranquilizou hoje (15) a imprensa uruguaia, informando que as negociações ent...

Após reunião com os chanceleres de países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai), em Montevidéu, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, tranquilizou hoje (15) a imprensa uruguaia, informando que as negociações entre o bloco e a União Europeia são de interesse do Brasil, independentemente do próximo presidente da República.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, durante inauguração da exposição Centenário Mandela, no Palácio Itamaraty.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira – Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil

“Corresponde a interesses objetivos da economia e da sociedade brasileiram no sentido de nos tornarmos mais competitivos, mais integrados ao mundo. Não houve polêmicas em torno do tema Mercosul e União Europeia. Não foi algo conflitivo ao longo de uma campanha eleitoral”, disse o ministro.

Aloysio Nunes foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de o futuro governo brasileiro mudar as orientações das negociações.

Desde 2000, a União Europeia e o Mercosul negociam um acordo de associação, mas há divergência em pontos referentes à indústria automobilística e ao acesso aos mercados de produtos como a carne bovina, o açúcar e os produtos lácteos.

O assunto foi o principal tema da reunião desta segunda-feira em Montevidéu. Sem dar detalhes sobre as negociações, o presidente pro tempore (temportário) do Mercosul, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, afirmou que as conversas avançam.

“É uma oportunidade muito boa para o Mercosul, mas também para a União Europeia. É uma oportunidade de multilateralismo”,afirmou Novoa. O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, acrescentou que as negociações integram “um longo e intenso processo”.