Quatro pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em uma chacina em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os assassinatos em massa ocorreram na manhã deste sábado (25), na rua Dom Vitório Monego, no bairro Cruzeiro, por volta das 11h30.
De acordo com a Brigada Militar, as vítimas fatais são pai, avó, uma criança e uma adolescente. Morreram no local Altair Camargo, os filhos dele Caroline Camargo, de 17 anos, e William Camargo, de sete anos; e Magali Procasco, sogra de Altair.
Os quatro feridos, incluindo a mãe das crianças mortas e esposa de Altair, Roberta Procasco, foram socorridos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e estão em atendimento médico em hospitais de Gravataí e Cachoeirinha.
O crime ocorreu em um terreno que abriga duas casas que eram alugadas por famílias diferentes. Conforme a polícia, dois criminosos que estavam em um Toyota Etios preto chegaram ao local e invadiram residência da frente, com o objetivo de matar um dos moradores da casa. Ao perceberem o objetivo dos bandidos, os moradores correram para a casa dos fundos, que também foi invadida. Os homens abriram fogo contra quem estava na residência, matando e ferindo pessoas que não eram os verdadeiros alvos.
A família desmembrada pela tragédia estava tomando chimarrão e assistindo televisão no momento em que os criminosos chegaram ao local. O casal Altair e Roberta estava procurando outro casa para alugar, mas não se sabe o porquê. O terceiro filho do casal havia saído com o avô e não estava em casa no momento do crime.
A chacina é investigada pela Polícia Civil e o local das execuções ficou isolado para trabalho da perícia. A hipótese para a matança é queima de arquivo, atirando na família errada para acabar com as provas testemunhais. Dois homens foram detidos pela Brigada Militar em Cachoeirinha. A suspeita é que um deles, como está ferido, tenha participado do crime.
Na residência da frente de onde ocorreu o crime, policiais encontram poucos móveis, mas havia uma touca ninja, um colete balístico, três aparelhos celulares e uma caixa de rádio na frequência da Brigada Militar. Testemunhas disseram que os atuais locatários estavam no imóvel havia pouco mais de um mês e não apresentavam atividades suspeitas. A Polícia Civil já está colhendo depoimentos.