PORTO ALEGRE

5 exposições gratuitas para visitar no Centro Cultural da UFRGS

O Centro Cultural da UFRGS fica localizado em Porto Alegre.

Foto: Bruna Fraga/Divulgação

O período de verão em Porto Alegre pode ser uma oportunidade para visitar cinco exposições gratuitas em um mesmo lugar: o Centro Cultural da UFRGS (Rua Eng. Luiz Englert, 333).

Poesia, carnaval, grafite e pintura estão presentes nos diferentes espaços do prédio. A visitação é franca e pode ser realizada de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h.

Um dos destaques é a exposição “Oliveira Silveira: poeta, negro”. A mostra, instalada na Sala Laranjeira, enfoca a obra escrita de um dos responsáveis pela idealização do Dia da Consciência Negra.

A mostra apresenta uma expografia inteiramente pensada a partir de poemas escritos ao longo do vida de Oliveira. A curadoria é do escritor Ronald Augusto; da filha do poeta homenageado, Naiara Oliveira; da pesquisadora de sua obra Sátira Machado; e da produtora cultural Lígia Petrucci, diretora do Centro Cultural da UFRGS.

Além das obras, há também uma produção audiovisual inédita, em que pessoas de diferentes gerações, como a atriz Celina Alcântara, a escritora Taiasmin Ohnmacht, a cantora Pâmela Amaro e o artista Gabi Faryas, leem poemas do autor e contam sobre sua relação com ele, mostrando que seu trabalho segue impactando a formação de novos artistas e escritores.

A exposição, em cartaz até dia 26 de abril de 2024 no Centro Cultural da UFRGS, dispõe de recursos de acessibilidade como audiodescrição, textos em braile e interpretação em LIBRAS dos vídeos.

Já na exposição “Purpurina que reluz: a Realeza desfila para Nega Lu”, contemplada no Edital de Ocupação 2023 do Centro Cultural, o Carnaval é o destaque.

A mostra apresenta croquis, fantasias, vídeos do carnaval de 2023 e objetos históricos da Realeza, escola fundada nos anos 1970.

Com curadoria de Everton Cardoso e Vanessa Aquino, traz uma escola de samba que simboliza a potência do carnaval de Porto Alegre e o desfile que no ano passado tratou de orgulho, representatividade e respeito a partir de Negra Lu, referência LBTQIAP+ na história da cidade. A mostra está localizada na Sala Nogueira, no andar térreo do Centro Cultural.

O painel mais recente criado dentro do projeto Grafite de Giz também pode ser visitado. Desde 2019, diversos artistas passaram pelo Centro Cultural da UFRGS e realizaram intervenções no mural localizado logo na entrada do prédio, no Espaço Umbu.

Atualmente, o local exibe o trabalho “Toda transformação também é primavera”, que o artista visual Antônio Augusto Bueno elaborou como parte de seu projeto experimental pautado na observação da passagem do tempo por meio das mudanças percebidas na natureza.

Durante a primavera, Antônio passou a fazer desenhos de observação, fotografias e serigrafias de flores coletadas nas ruas, por vezes fazendo uso de materiais não convencionais, como esmalte de unhas. Através do giz, Antônio levou sua pesquisa para o Centro Cultural.

Escolhida como melhor curadoria independente de exposição pelo Prêmio Açorianos de 2023, “PALAVRAR”, da artista Elida Tessler, segue espalhada pelos três andares do prédio. A artista celebra os 90 anos de Donaldo Schüler e festeja sua extensa parceria com o escritor, filósofo e tradutor, fazendo referência, direta ou indireta, a textos e correspondências partilhados entre ambos.

A mostra, com curadoria de Eduardo Veras e Gabriela Motta, distribui pelas paredes do espaço cultural universitário 581 pratos de porcelana.

Em arranjos dispersos, que remetem a constelações estelares, os pratos trazem, cada um, uma palavra impressa. São sempre verbos no infinitivo, todos eles pinçados do livro “A arte no horizonte do provável”, publicado em 1969 por Haroldo de Campos.

No terceiro andar do Centro Cultural, o Espaço Cinamomo apresenta obra da estudante do Instituto de Artes Brenda Klein, dentro do projeto Ulysses100 pelos olhos brasileiros”.

Selecionada em concurso promovido pela Embaixada da Irlanda no Brasil e pelo Consulado Geral da Irlanda em São Paulo, a artista mergulhou no fluxo de pensamento do quinto capítulo de “Ulysses”, de James Joyce, e o resultado foi um colorido mural de 12 metros quadrados.