O inquérito policial sobre a morte da menina Eduarda Herrera de Melo, 9 anos, já possui mais de 500 páginas. Ao menos vinte suspeitos são investigados pela Polícia Civil, em uma das maiores investigações realizadas pelo DECA (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente).
O crime completa um mês hoje. A investigação prossegue sob segredo de Justiça, o que não permite comentários da Polícia Civil sequer sobre o curso das investigações.
A delegada responsável pelo caso, Andrea Magno, em entrevista à Record TV RS, destacou que as testemunhas do sequestro de Eduarda são crianças. De acordo com ela, a tomada de depoimento de meninos e meninas é mais difícil.
Também há outro complicador. Como o sequestro de Eduarda ocorreu à noite, as câmeras de videomonitoramento não possuem a mesma definição de imagem. Isso, mesmo com as avançadas técnicas da Polícia Civil, dificulta a visualização do que foi registrado pelos equipamentos.
Ainda conforme a delegada, foram realizadas à Polícia Civil mais de 50 denúncias de suspeitos de terem participado do sequestro. Vinte homens ainda são investigados pela polícia, na busca para saber se um deles cometeu o rapto seguido de morte.
Como ocorreu a morte de Eduarda
Eduarda Herrera de Melo, 9 anos, brincava na frente de casa com vizinhos quando a mãe teria ido até dentro de casa na noite de domingo, 21 de outubro. Quando a mulher voltou para ver a menina, a criança já havia sido sequestrada por um homem em um carro vermelho.
Diante do desaparecimento, familiares e vizinhos iniciaram uma intensa campanha nas redes sociais para tentar localizá-la.
Um carro Fiat Siena vermelho, com as mesmas características do usado no rapto, foi encontrado a menos de 5 quilômetros da casa de Eduarda. No banco traseiro, foram encontradas cordas. O material também foi encaminhado à perícia, assim como o veículo.
No entanto, nas primeiras horas do dia seguinte, o corpo da menina foi encontrado por um motorista às margens da ERS-118, em Gravataí. Os familiares foram até o local e vizinhos confirmaram que o corpo era de Eduarda.
A localização ocorreu há cerca de 20 quilômetros da casa onde a menina morava. A necropsia identificou água nos pulmões da criança, o que pode indicar morte por afogamento. O local onde o corpo foi encontrado fica às margens do rio Gravataí.