Dos 78 inscritos no Programa Mais Médicos para trabalhar na capital paulista, 50 profissionais foram recebidos na manhã de hoje (3) pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Os médicos vão integrar a rede municipal no lugar dos 72 médicos cubanos que trabalhavam pelo programa.
“Hoje foi o momento de acolhê-los. A Secretaria Municipal de Saúde quis apresentar para os médicos, o município, para que eles tenham vontade de ficar em São Paulo”, disse a coordenadora da Atenção à Saúde, Edjane Torreão.
Na recepção dos médicos, foi explicado como funciona o fluxo de atendimento da rede, característica epidemiológica, além de tirar dúvidas dos profissionais na escolha das unidades básicas de Saúde (UBS) disponíveis nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). Após selecionarem as unidades, os médicos entregaram a documentação necessária para homologação e validação da escolha.
Dos 50 médicos que compareceram, 48 escolheram a unidade de atuação por ordem de adesão ao programa. Das vagas escolhidas, uma era da zona oeste; uma na região central; nove na região sudeste; nove na zona norte; 15 na zona leste e 13 na zona sul. Os profissionais têm até o dia 14 de dezembro para apresentar a documentação e assumir os cargos.
A jornada dos médicos será de 40 horas semanais, sendo 32 horas exercidas na assistência à saúde da população e oito horas de capacitação no Ensino à Distância (EAD), oferecida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A bolsa-formação tem duração de 36 meses e pode ser renovada pelo mesmo período.
Do total de inscritos, 70 são brasileiros, sete bolivianos e um colombiano, sendo que 69 são formados no Brasil e nove na Bolívia. Todos têm registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
Vagas disponíveis
Os profissionais que ainda não se apresentaram, podem comparecer à secretaria de saúde do município até o dia 14. Há uma vaga disponível na zona norte; 18 na zona sul e 11 na zona leste. Caso haja desistências no meio do processo, será necessário aguardar abertura de novo edital pelo Ministério da Saúde para preenchimento das vagas.
No último dia 14, o governo de Cuba informou o rompimento do acordo de cooperação para o Mais Médicos por discordar das mudanças feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, nos termos do programa. Com a saída dos cubanos, foram abertas mais de 8,5 mil vagas no programa, que funciona desde 2013 levando médicos para locais onde há escassez ou ausência desses profissionais.