Caminhoneiros não aceitam proposta de acordo com governo

Após reunião no Ministério dos Transportes, que durou a tarde e parte da noite dessa quarta-feira (25), governo e caminhoneiros chegaram a um acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federais. Segundo o presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo governo tinha sido acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de negociação.
Entretanto, o representante do Comando Nacional do Transporte, Ivan Luiz Schmitt, concedeu entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta quinta-feira e descartou o acordo com governo, noticiado no final da noite dessa quarta-feira. “A manifestação não vai ter fim e não aceitamos os termos que o governo quis nos impor. E vamos orientar os caminhoneiros no sentido de bloquear todos os veículos até o meio-dia”, disse.
Apesar do acordo, bloqueios seguem
Entretanto, a categoria mantém diversos pontos de rodovias federais parcialmente ou totalmente bloqueados na manhã de hoje (26). Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal) do Rio Grande do Sul, há mais de 40 trechos interditados pelos manifestantes nas BRs-101, 116, 158, 285, 386, 392, 468, 470 e 272, entre outras estaduais.
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Pela proposta apresentada ontem, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro, além da criação, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, de uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.
As manifestações dos caminhoneiros, que tiveram reflexo em mais de dez estados, já provocam desabastecimento de combustível e alimentos em algumas cidades.