O Rio Grande do Sul se aproxima do período de verão, onde o calor é intenso e as chuvas esporádicas. Fatores que facilitam a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, causador de doenças como a dengue, a febre Chikungunya e Zika.
No RS, de 1° de janeiro até 29 de novembro, houve 298.804 notificações e 205.050 casos confirmados de dengue. O Estado registra 281 mortes pela doença, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde.
Dos 497 municípios do RS, quase a totalidade – 471 cidades – enfrentam infestação do Aedes Aegypti. Dez anos atrás – ou seja, em 2014 – eram apenas 118 municípios com a presença do mosquito.
Conforme a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, as medidas de prevenção devem ser reforçadas no verão. O calor nesta época do ano aumenta a circulação e atividade do mosquito. O uso de roupas que deixam mais áreas do corpo expostas também “ajuda” para que mais casos ocorram registrados nesta época do ano.
Especialistas destacam a importância de identificar os sintomas da doença. “A dengue pode causar febre alta, dores musculares, dores de cabeça, erupções cutâneas e fadiga”, elenca Andressa Telles Borges, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera.
“É fundamental buscar assistência médica ao menor sinal dos sintomas para garantir diagnóstico e tratamento adequados”, alerta. Sintomas respiratórios como congestão nasal e tosse são mais comuns na Covid-19 e não nas arboviroses Arboviroses (doenças causadas pelos arbovírus, transmitidas por insetos e aracnídeos).
Aedes Aegypti
De acordo com especialistas, o Aedes aegypti se tornou um mosquito doméstico. Ele tem, em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo.
Ele hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Mas apenas a fêmea se alimenta basicamente de sangue humano. A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados.
Sintomas da dengue
Entre os principais sintomas da dengue estão:
- Febre alta;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor atrás dos olhos;
- Dores musculares e articulares;
- Manchas vermelhas na pele (exantema);
- Náuseas e vômitos;
- Fadiga e cansaço excessivo;
- Sangramentos em casos graves.
Cuidados para o tratamento
Para enfrentar a dengue, são recomendadas as seguintes medidas:
- Hidratação: Beber bastante água ou soro de reidratação oral para evitar desidratação.
- Controle de febre e dor: Usar paracetamol ou dipirona apenas sob orientação médica. Evitar anti-inflamatórios, como ibuprofeno, que aumentam o risco de sangramentos.
- Acompanhamento médico: Casos graves, como dengue hemorrágica, podem exigir internação e cuidados intensivos.
- Evitar automedicação: Medicamentos devem ser prescritos por profissionais de saúde. Não se automedique!
- Repouso: O corpo precisa de descanso para combater o vírus.
Como prevenir a dengue
Para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, especialistas recomendam:
- Eliminar água parada: Esvaziar recipientes como pneus, garrafas e baldes, manter calhas limpas e evitar vazamentos.
- Instalar telas de proteção: Usar telas em janelas e portas para impedir a entrada do mosquito em imóveis.
- Manter piscinas limpas: Tratar a água regularmente com produtos químicos adequados.
- Participar de campanhas de prevenção: Apoiar ações promovidas por governos e organizações locais para o combate da dengue. Realizar denúncias de terrenos baldios que não tenham cuidado e possam acumular água parada.