Buscas da PF na sede da Odebrecht em São Paulo já duram cinco horas

No início da manhã, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi preso.

Já duram cinco horas as buscas da PF (Polícia Federal) na sede da empresa Odebrecht, na zona oeste de São Paulo, como parte da 14ª fase da Operação Lava Jato que investiga superfaturamentos de contratos para pagamento de propina a parlamentares e partidos políticos. No início da manhã, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi preso.
De acordo com Aírton Martins da Costa, representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), cerca de 15 policiais federais fazem, neste momento, a apreensão de documentos, e-mails, mídias e computadores. A ação se estende nos seis andares do prédio, além das residências de alguns funcionários.
Martins da Costa, que representa a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB, informou que recebeu de advogados da Odebrecht a reclamação de que seus escritórios estariam sendo violados durante a operação da PF. “Não existe nenhum comunicado da Polícia Federal à Ordem dos Advogados para que possamos acompanhar as buscas, o que é procedimento normal. O juiz da Vara que expede o mandado, expede também a ordem para o acompanhamento da Comissão de Prerrogativa, para que os direitos do advogado não sejam violados”, declarou.
Em nota, a CNO (Construtora Norberto Odebrecht) confirma a operação de busca e apreensão da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa declara no comunicado que “Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.”