Um cidadão brasileiro foi sequestrado durante uma onda de violência que tomou conta das principais cidades do Equador. A crise de segurança pública começou após o líder de uma facção fugir no último fim de semana.
O resultado foi uma escalada de violência sem precedentes, que chegou ao ápice ontem, quando bandidos invadiram uma emissora de TV em Guayaquil. Treze indivíduos foram presos após manterem funcionários da emissora reféns.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou que há um “conflito armado interno” no país. Ele determinou o uso imediato das forças de segurança contra o crime organizado.
O governo brasileiro afirmou que “acompanha” a denúncia de sequestro do cidadão Thiago Allan Freitas, 38 anos, no Equador, em meio à crise de segurança do país andino. O brasileiro mora em Guayaquil, onde fica o presídio de segurança máxima do qual o narcotraficante que fugiu estava recolhido.
O sequestro foi assunto de uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, na manhã desta quarta-feira (10).
“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Quito, acompanha com atenção denúncia do sequestro de um cidadão brasileiro no Equador, mantém contato com seus familiares e busca apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais”, diz uma nota divulgada pelo Itamaraty na noite de terça-feira (9).
Um comunicado anterior afirma que o governo “acompanha com preocupação e condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades do Equador”.
O filho de Freitas, Gustavo, afirmou nas redes sociais que seu pai foi sequestrado e que a família teria conseguido somente parte do valor do resgate exigido pelos criminosos. “Estamos desesperados, não temos como fazer. Peço que nos ajudem”, disse o jovem em um vídeo.