País tem 270 casos confirmados de microcefalia e 3 mil em investigação

Balanço atualizado do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (27) aponta 270 casos confirmados e 3.448 casos suspeitos de bebês com microcefalia no país. Os dados indicam um avanço de 3% neste grupo em relação à última semana, quando havia 230 casos confirmados e 3.381 suspeitos. Há um caso confirmado no Rio Grande do Sul.

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Já o número de casos descartados dobrou neste período: de 282, passaram a 462 no boletim atual. Caso fossem somados todos os registros –confirmados, suspeitos e descartados–, o número de notificações feitas por equipes de saúde ao governo chegaria a 4.180.
Ao todo, os casos foram identificados em 830 municípios, distribuídos em 23 Estados e no Distrito Federal. Os dados, que começaram a ser contabilizados no fim de outubro, são até o dia 23 de janeiro. Segundo o Ministério da Saúde, já é possível perceber uma tendência de queda no registro de novos casos suspeitos de bebês com a má-formação.

Caso de microcefalia no RS

Um caso suspeito de microcefalia está sendo investigado em Panambi, na região Norte do Rio Grande do Sul. Porém, até o momento, não existe nenhum indicativo que o caso possa ser relacionado com o zika vírus. Exames laboratoriais já foram feitos e enviados para averiguação de um laboratório localizado em Belém do Pará.
Entre os Estados, Pernambuco lidera a lista de casos suspeitos, com 1.125 registros ainda em investigação. Em seguida, estão a Paraíba, com 497 casos suspeitos, e Bahia, com 471.
Também há registros em todos os demais Estados do Nordeste, onde há 2.984 casos suspeitos no total, e das regiões Sudeste (200) e Centro-Oeste (180). Já a região Norte investiga casos no Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, com 82 casos suspeitos. Aqui no Sul, dois casos são investigados no Paraná.

Casos confirmados

Entre os casos confirmados após exames, seis já tiveram resultado positivo em exames para o vírus zika, o que reforça a possibilidade de que o avanço nos registros de microcefalia no país esteja ligado ao vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e identificado no início do ano passado em Estados do Nordeste.
Hoje, a região é a que concentra o maior número de casos de microcefalia, ou cerca de 86% do total.
O novo balanço do Ministério da Saúde também aponta aumento no número de mortes suspeitas de bebês com microcefalia e outras má-formações, que passou de 49 para 53 registros.

Mortes de bebês

Destas, 12 já foram confirmadas e outras 51 permanecem em investigação. Durante o período, cinco mortes de bebês durante a gestação ou após o parto chegaram a ser apuradas, mas a relação com um possível quadro de microcefalia e outras infecções congênitas (transmitidas de mãe para filho) acabou descartada.
A avaliação dos casos suspeitos de microcefalia ocorre por meio da medida da circunferência da cabeça do bebê após nascer. Bebês com perímetro da cabeça menor que 32 cm (no caso de partos não prematuros) são direcionados para exames que podem confirmar o quadro e avaliar a extensão dos danos no cérebro.
O Ministério da Saúde recomenda que as crianças com microcefalia passem por exercícios de estimulação precoce logo após o diagnóstico até os três anos, como forma de diminuir os impactos de possíveis sequelas ao bebê.