O Corpo de Bombeiros conseguiu, por volta das 14h30 de hoje (27), retirar o maquinista das ferragens dos trens que colidiram na Estação São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro. No entanto, ele não resistiu e teve a morte declarada por volta das 15h10 da tarde.
Após mais de sete horas preso às ferragens, o homem foi retirado com uma máscara de oxigênio e deitado em uma maca. Ele já estava desacordado.
Os Bombeiros ainda tentaram por cerca de 30 minutos reanimar o maquinista, mas não conseguiram. Os profissionais usaram desfibriladores e massagem cardíaca na tentativa de ressuscitação.
Os primeiros socorros prestados à vítima pelos bombeiros, ainda na plataforma da estação de trem, chamaram a atenção dos passageiros, que acompanharam o trabalho de outras plataformas e passarelas.
Rodrigo da Silva Ribeiro Assumpção era funcionário da Supervia desde 2011 e desempenhava a função de maquinista há cinco anos. Ele deixa mulher e dois filhos.
Em nota, a empresa lamentou a morte de Rodrigo e informou que está prestando toda assistência à família do maquinista.
As oito outras vítimas da colisão tiveram ferimentos leves e foram levadas para os hospitais municipais Souza Aguiar e Salgado Filho. Sete já tiveram alta hospitalar.
Polícia investiga causas do acidente
As causas do acidente são investigadas pela Polícia Civil, que já fez perícia no local da colisão. A Supervia também instaurou sindicância para apurar as causas do acidente e que os resultados vão ser divulgados em até 30 dias.
Além disso, a concessionária assinou Termo de Ajustamento de Conduta com a Defensoria Pública do Estado do Rio, para oferecer reparação individual e coletiva pelos danos causados pelo acidente.
De acordo com a Defensoria, o acordo prevê o custeio integral de tratamento médico, fisioterápico e psicológico para todas as vítimas, além de indenização.
A Supervia também terá que fornecer 30 mil bilhetes gratuitos para os passageiros do ramal Deodoro. Os critérios de distribuirão ainda vão ser definidos.