A Brigada de Infantaria Paraquedista comemora hoje (24) o 73º aniversário de criação. O evento começa às 9h e contará com a presença de diversas autoridades civis e militares, incluindo o presidente eleito, Jair Bolsonaro, que é paraquedista de formação e todos os anos comparece à festa de confraternização. Na brigada, a inscrição é voluntária e só quem tem aptidão para o salto consegue se formar na tropa de elite do Exército.
O evento será dividido em duas partes: na primeira, uma formatura no campo do Quartel General, reunirá paraquedistas de todos os tempos, amigos da brigada. Na sequência, fechada à imprensa, será realizada uma cerimônia de entrada na Área de Estágios do Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil. Nesse momento, os formandos das turmas de paraquedistas, dos anos de 1993 e 1968, receberão uma homenagem com entrega de medalhas e diplomas de 25 e 50 anos de formação aeroterrestre.
Conhecida como “Ninho das Águias” e “Sentinela da Pátria”, a Brigada de Infantaria Paraquedista é uma tropa de elite, de emprego estratégico, podendo ser desdobrada em qualquer parte do território nacional em até 24 horas, apoiada pelos meios da Força Aérea Brasileira. Tem como símbolos, a boina bordô, as asas de prata e as botinas na cor marrom, que se diferenciam dos outros militares do Exército, que são conhecidos como pés pretos.
O presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, formou-se no curso de paraquedista militar no ano de 1977. Ele serviu no 8º Grupamento de Artilharia de Campanha Pára-quedista no período de 1983 a 1986.
História
O capitão do Exército Roberto de Pessôa concluiu em 1944 o curso de elite de paraquedista do Exército dos Estados Unidos em Fort Benning, nos Estados Unidos, diplomando-se como o primeiro paraquedista militar do Brasil. Graças aos seus esforços e de outros 47 militares considerados pioneiros, o Exército Brasileiro criou a Escola de Paraquedistas, na cidade do Rio de Janeiro, pedra angular sobre a qual edificou-se o paraquedismo militar no Brasil. O primeiro curso de paraquedista militar do Brasil, foi realizado em 1949.
Durante toda a sua história, a Brigada de Infantaria Pára-Quedista participou de várias operações reais para defender os interesses do Brasil.
Entre as décadas de 50 e 60, o Exército Brasileiro enviou um batalhão de infantaria para o Egito, era o Batalhão Suez, na Primeira Força de Emergência das Nações Unidas. Durante os 10 anos de operação, os integrantes brasileiros se revezaram e ajudaram a separar as Forças de Defesa de Israel das Forças Armadas Egípcias.
Na história recente, a brigada teve atuação nas operações de pacificação do Rio de Janeiro, em 2010. O Ministério da Defesa liberou o emprego de 800 militares da Brigada Paraquedista para auxiliar os policiais do Rio nas operações de repressão ao tráfico de drogas.