Municípios do Rio Grande do Sul terão possibilidades de financiar a renovar e ampliar a frota do transporte escolar através do Programa Caminho da Escola, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). Na terça (6) e na quarta-feira (7) houve encontros virtuais com 170 prefeitos, secretários municipais e agentes financeiros regionais do RS e também de Minas Gerais, para tratar do tema.
O Rio Grande do Sul também se fez representado também através do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), do Banrisul, do Badesul (agência de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul), e da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul).
O encontro marcou a retomada do BNDES no financiamento do programa que auxilia o combate à evasão escolar no Brasil. Criado em 2007, sob coordenação do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), ligado ao Ministério da Educação, o Caminho da Escola financia a renovação e ampliação da frota de veículos de transporte escolar de alunos da educação básica da rede pública, principalmente em áreas rurais e ribeirinhas.
“Nós consideramos o momento propício para uma retomada. As frotas estão precisando de renovação, além de os ônibus estarem com uma nova configuração, menos poluentes, o que auxiliará na qualidade, na segurança e na redução de gases do efeito estufa”, afirmou o gerente da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES, Rodrigo Telles Pires Hallak, em sua fala no evento.
Segundo o coordenador-geral do FNDE, Andrey Nascimento, para efeito de comparação, foram produzidos 20.598 ônibus no mercado brasileiro em 2023, enquanto as atas de registro de preço do FNDE preveem um total de 15.220 ônibus a serem adquiridos. “Estamos prevendo consumir uma fatia equivalente a cerca de 70% do total que foi produzido em 2023. Caso não sejam todos os itens consumidos em adesão, podemos prorrogar a ata por mais um ano”, revelou. As atas são os meios pelos quais os entes federativos podem manifestar interesse na compra destes equipamentos.
O Distrito Federal, assim como os 26 estados e os municípios da federação estão aptos a aderirem ao Caminho da Escola. O diretor-executivo do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), Rômulo Martins de Freitas, que participou do encontro, explicou que, como 2024 é um ano eleitoral, há restrições para contratação e entregas de equipamentos em determinados períodos do ano. “É importante dar início ao processo o quanto antes”, reforçou.