O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo britânico assinaram hoje (26), no Rio de Janeiro, acordo de cooperação em finanças verdes, no âmbito do Prosperity Fund, ou Fundo da Prosperidade, criado pelo governo do Reino Unido para promover o desenvolvimento social e econômico de países parceiros, como o Brasil, além de estimular a concorrência e a inovação nessas nações.
O embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan, disse que os investimentos de impacto que são percebidos no mundo todo demonstram como os investidores estão considerando atualmente fatores ambientais, sociais e de governança em suas decisões. Segundo Rangarajan, o Reino Unido se esforça para que o mercado privado aloque recursos nessas áreas.
“Iremos trabalhar em conjunto com o Brasil para fortalecer o mercado de finanças verdes e facilitar transações e investimentos de investidores institucionais de ambos os países. Estamos desenvolvendo um trabalho com o BNDES para apoiar a integração de elementos socioambientais em processos de investimento e políticas internas e engajar investidores institucionais no financiamento de infraestrutura sustentável no país”,disse o embaixador.
O presidente do BNDES, Joaquim Levy, acredita que a parceria contribuirá para a instituição fortalecer sua governança socioambiental.
Em 2017, durante visita ao Brasil do ministro da Fazenda do Reino Unido, Phillip Hammond, foi lançada a Parceria Brasil-Reino Unido em Finanças Verdes, compromisso cujo objetivo era promover o crescimento econômico sustentável de ambos os países. O BNDES destaca na parceria bilateral o apoio no desenvolvimento da ferramenta para cálculo das emissões de carbono evitadas nos projetos apoiados pelo banco com recursos do Fundo Clima.
O Prosperity Fund tem patrimônio estimado de 1,2 bilhão de euros, ou cerca de R$ 6,1 bilhões. A expectativa é investir no Brasil até 80 milhões de euros (em torno de R$ 407,5 milhões) entre 2018 e 2022. De acordo com o embaixador do Reino Unido, o foco do programa no Brasil são as áreas de finanças verdes, comércio, energia, cidades inteligentes (mobilidade urbana e água), saúde e educação.