Menos de 24 horas após a definição do reajuste nos vencimentos dos rodoviários, o Bloco de Lutas pelo Transporte Público de Porto Alegre começou uma mobilização nas redes sociais no intuito de impedir um reajuste nas passagens dos ônibus da Capital.
Sob a premissa que a atual passagem – a 2,95 reais – custa “um absurdo”, que é operado de forma ilegal (veja mais sobre abaixo) e que não oferece a mínima qualidade, o grupo lançou um evento no Facebook para barrar um aumento da passagem.
O grupo também critica os cortes no orçamento áreas como educação e saúde e segurança, demissões em larga escala, aumento do salário de parlamentares e aumento nas contas de água e luz, como combustível para a mobilização.
Atos amanhã e em fevereiro
O primeiro evento do ano para o coletivo será um “panfletaço”, a partir das 17 horas, em ruas e terminais de Porto Alegre. Outro ato, marcado para a semana que vem, no dia 05/02, já conta com a presença confirmada de cerca de 700 pessoas em um evento no Facebook, muito embora os números de comparecimentos nem sempre reflitam o número de presentes nos atos.
Ponto de discussão
Um dos pontos de discussão sobre o transporte público de Porto Alegre é a legalidade do serviço, que de fato, não opera segundo a lei. O sistema é de permissões, estabelecido na década de 1970 pela extinta SMT (Secretaria Municipal dos Transportes). Atualmente quem regula o sistema de transporte é EPTC, criada em 1998.
Nunca, de fato, houve licitação. Para o MP (Ministério Público), o serviço é inconstitucional e ilegal por – até hoje – a autarquia responsável pela regulação não ter realizado a concorrência pública do mesmo. As duas tentativas de regularizar o sistema feitas no ano passado foram consideradas desertas. Ainda não há data para o trâmite, nem muito menos para a legalização do sistema.