O final da manhã de votação foi marcada por filas em seções eleitorais em razão do teste da biometria em Porto Alegre. Há relato de demora de até uma hora para votação. Filas também foram registradas em algumas cidades no interior do Rio Grande do Sul onde o sistema já foi implantado. O processo ainda é desconhecido da maioria da população, o que torna a votação um pouco mais demorada, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Biometria
Neste pleito, 4.991.213 cidadãos gaúchos serão identificados por meio das digitais, pois já fizeram seu recadastramento biométrico. Para acelerar esse processo no RS, a Justiça Eleitoral importou dados biométricos de 1.428.211 eleitores de cidades que ainda não passaram por revisão do eleitorado. Nestes casos, a urna pedirá a identificação biométrica, mesmo que o eleitor não tenha comparecido anteriormente à sua Zona para cadastrar suas digitais. O restante, 1.935.308 eleitores, ainda será reconhecido da maneira convencional, ou seja, deve apresentar um documento de identidade oficial com foto para votar.
No RS, 426 municípios já concluíram a revisão biométrica de todos os seus eleitores. Porto Alegre e outras 70 cidades ainda não passaram pelo processo – portanto, não tiveram cancelamentos de títulos por esse motivo. Nesses locais, a identificação dos eleitores será híbrida, ou seja, parte biométrica e parte convencional. O estado tem 497 municípios.
Problemas em urnas
No município de Canoas, na Região Metropolitana, três urnas apresentaram problemas e tiveram que ser substituídas antes de a votação começar. Em São Leopoldo, na Escola Municipal Maria Gusmão Britto, um aparelho apresentou problemas. Houve atraso de 40 minutos no início da votação. Em Novo Hamburgo, urnas das seções das escolas Liberato Salzano, Castro Alves, Rodrigues Alves e Seno Frederico Ludwig também precisaram ser substituídas. Além disso, houve mudança de locais de algumas seções. Votantes da Sociedade Palestrina, no bairro Vila Nova, passaram para o Colégio Santa Catarina, no bairro Hamburgo Velho. Os eleitores da Escola Pica-Pau Amarelo, do bairro Canudos, foram remanejados para a Escola Machado de Assis. Alguns locais do bairro Lomba Grande também sofreram alterações.
No final da manhã, filas foram registradas no Colégio Osvaldo Cruz, um dois maiores colégios eleitorais de Novo Hamburgo, com mais de 5 mil eleitores, devidos à demora na leitura digital para biometria. O Cartório Eleitoral, localizado na rua Pedro Adams, está concentrando as justificativas de voto, além de prestar o serviço de regularização da situação eleitoral.
Em todo o País, 310 urnas eletrônicas apresentaram problemas e tiveram que ser substituídas. Segundo o tribunal Superior Eleitoral, o número representa 0,06% do total de 454,4 mil urnas utilizadas no pleito deste ano.