Autoridades registram mais de 2.200 mortos e Nepal tem novo tremor

Os fortes tremores sentidos neste domingo no Nepal, depois do terremoto de magnitude 7,9 na escala Richter ocorrido (25), que causou mais de 2.200 mortes, continuam provocando avalanches na região do Monte Everest e levando pânico à população.
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De acordo com as autoridades, 2.152 pessoas morreram no Nepal, 57 na Índia, 17 na China e uma em Bangladesh, além dos milhares de feridos.
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Hoje, a região foi novamente atingida por um terremoto de magnitude 6,7 na escala de Richter, o que agravou a situação depois deste desastre natural, que já é considerado o pior do país nos últimos 80 anos.
O tremor subsequente atingiu uma zona situada no noroeste da capital do Nepal, Katmandu, não muito longe da fronteira com a China. O abalo foi sentido até na região do Monte Everest, nos Himalaias, onde provocou novas avalanches, segundo montanhistas que estão no local.
Os socorristas continuam escavando os escombros na capital, que foi devastada pelo terremoto. Os moradores estão aterrorizados e muitos foram forçados a acampar durante a noite, pois vários edifícios e casas foram reduzidos a escombros.
Os hospitais estão sobrecarregados e os médicos atendem os doentes em tendas improvisadas já que as equipes foram forçadas a abandonar os edifícios por medo de novos colapsos.
“A eletricidade foi cortada, as comunicações estão congestionadas e os hospitais estão lotados e sem espaço para guardar corpos”, disse a chefe executiva da organização não-governamental Oxfam, Helen Szoke, à agência francesa AFP.
Diversos governos, como da China, do Japão e da Austrália tentam localizar milhares de cidadãos de seus países que estavam na região do abalo sísmico e criaram gabinetes de crise para atender as pessoas atingidas.
Estimativas divulgadas hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que o terremoto afetou cerca de 6,6 milhões de pessoas em 30 distritos do Nepal.
As manifestações de solidariedade com o Nepal têm-se multiplicado, com inúmeros governos e organizações internacionais oferecendo ajuda, como os Estados Unidos, a Austrália, a Índia, a China, a União Europeia e a ONU. Ontem (25) a presidente Dilma Roussef também se solidarizou com as vítimas da tragédia.