Cotidiano

Assembleia ambiental da ONU discute produção e consumo sustentáveis 

Começou hoje (11), em Nairobi, no Quênia, a 4ª Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA). A Organização das Nações Unidas (ONU) espera reunir mais de 4,7 mil participantes de todo o mundo, entre chefes e ministros de Estado, empresários e representantes da sociedade civil organizada.

O evento acontece até a próxima sexta-feira (15) e tem como tema: “Pense no planeta, Viva simples”. Além de discutir novas políticas públicas, tecnologias e soluções inovadoras capazes de proporcionar uma produção e um consumo mais sustentável, os participantes deverão definir compromissos globais de proteção ambiental para os próximos anos, com metas mensuráveis.

Durante o evento também será lançado a sexta edição do relatório Panorama Ambiental Global, considerado a principal avaliação periódica da ONU sobre o estado do meio ambiente. A versão anterior, chamada de Geo-5, foi divulgada em 2012.

O relatório aponta não só as áreas de maior preocupação ambiental, mas também as opções para os formuladores de políticas públicas avançarem neste setor, com base em indicadores científicos. Indicadores estes amplamente discutidos nos vários eventos paralelos que ocorrem simultaneamente com a assembleia, como as mesas-redondas e palestras.

Delegação brasileira

Comandada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a delegação brasileira oficial que participará da assembleia deve chegar a Nairobi amanhã (12). Salles discursará na quarta-feira (13), durante a abertura do plenário do Segmento de Alto Nível da UNEA, durante o qual apontará as prioridades da nova política ambiental do governo brasileiro, com destaque para a gestão ambiental urbana e a “harmonia necessária entre meio ambiente, atividades agropecuárias e desenvolvimento econômico”.

O ministro também descreverá as medidas de monitoramento e a fiscalização contra o desmatamento ilegal que vêm sendo adotadas no país. Salles também tem reuniões agendadas com os ministro de Meio Ambiente da Noruega (país que é o principal doador do Fundo Amazônia), do Quênia e do Chile, e com a diretoria executiva do  Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ( PNUMA).