Para conter o acúmulo de lixo no Arroio Dilúvio e impedir que ele chegue ao Lago Guaíba, uma parceria entre a Prefeitura de Porto Alegre e a iniciativa privada foi firmada para a implantação do projeto Eco Barreira. Nesta terça-feira (26), o prefeito José Fortunati acompanhou o andamento da obra no Arroio Dilúvio, que deverá ser inaugurada no mês de março. A barreira ecológica em Porto Alegre, com as estruturas compostas no projeto, é uma obra pioneira na América Latina.
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A estrutura será instalada no curso d’água, no trecho entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Beira Rio, proximidades da foz do arroio. A base da obra é composta de pórtico, troller, esteira, monovia e contêiner de coleta. Junto com essa estrutura de 20 centímetros de profundidade será implantado um novo sistema de cobertura com plantas e raízes que ajudam na limpeza da água – as chamadas ilhas flutuantes.
O projeto foi idealizado pela empresa Safeweb e será implantado em caráter experimental, sem ônus para o município. O prefeito destacou que a iniciativa foi aprovada pelos benefícios apresentados em relação a sustentabilidade. “Infelizmente, o poder público não pode utilizar recursos públicos para fazer testes. É uma iniciativa ousada, mas com base cientifica e que já foi implantada em vários lugares do mundo. Nosso objetivo é melhorar as condições de sustentabilidade na nossa cidade”, disse Fortunati.
Conforme o prefeito, são dois sistemas inovadores que permitirão que a água que passa pelo Arroio Dilúvio chegue no Lago Guaíba em melhores condições. Além disso, lembrou o trabalho realizado para conscientização da população para o descarte irregular de resíduos sólidos no arroio, tanto em Porto Alegre como em Viamão.
“A ideia da barreira ecológica veio da necessidade de tentar ajudar a limpar o Lago Guaíba. Nossa ideia é fazer outras ações ao longo do arroio para contribuir com a diminuição do lixo”, ressaltou o vice-diretor da empresa responsável pela projeto, Luis Carlos Zancanella Junior.
Status da obra
A base da obra, que é a parte em terra está sendo executada pela empresa Safeweb. Os trabalhos iniciaram no dia 11 de janeiro e devem ser finalizados até março. Após a instalação da estrutura serão implantadas as ilhas flutuantes – um tipo de telhado vegetal que visa fazer o tratamento biológico dos resíduos. A tecnologia aplicada usa a própria natureza (com plantas e raízes) para fazer a limpeza dos resíduos. Esta estrutura será realizada pela empresa Eco Telhados.
Sobre a parceria
Caberá ao DEP fiscalizar a operação do equipamento e sua eficácia, verificar a coleta de entulhos e resíduos capturados pela barreira ecológica. O DMLU deverá retirar os resíduos coletados sempre que necessário, bem como ser responsável pelo translado dos containêres com os materiais retirados. À Safeweb, cabe a implantação do sistema, execução técnica e manutenção do serviço contratado.
O projeto será implantado em caráter experimental e será acompanhado durante um ano, através das três instâncias. Neste período, ele será permanentemente avaliado em termos de resolutividade, podendo vir a ser adotado como uma das práticas na recepção e coleta de lixo em arroios.