O presidente Michel Temer se reuniu neste domingo (11) com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no Palácio do Jaburu, em Brasília. A reunião, que não estava prevista na agenda, foi marcada depois da divulgação do conteúdo da delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho.
Temer retornou de São Paulo para Brasília nesta tarde. A reunião foi confirmada pela assessoria do ministro Padilha, que não soube precisar se outros outros ministros e líderes da base do governo no Congresso também participaram.
A delação de Melo Filho citou Temer, Padilha, o ex-ministro do Planejamento e senador Romero Jucá, e o ex-secretário de Governo Geddel Vieira Lima como receptores de propina. Todos negam as acusações. Ao todo 51 políticos de 11 partidos teriam recebido propina da Odebrecht, totalizando quase R$ 90 milhões.
Vazamento
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, declarou no sábado (10) que solicitará abertura de investigação para apurar o vazamento para a imprensa de documento sigiloso relativo à delação premiada de Cláudio Melo Filho.
Em nota, na última sexta-feira (9), o Palácio Planalto repudiou as acusações de que o presidente Michel Temer teria solicitado valores ilícitos da empreiteira Odebrecht em meio à campanha à Presidência de 2014.
“O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho. As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE [Tribinal Superior Eleitoral]. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, diz a nota.