Cotidiano

Após temporal, hospital de Bonsucesso funciona normalmente

O temporal que atingiu o Rio de Janeiro no final da tarde de ontem (3) provocou o desabamento de parte do teto do setor de emergência do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte do Rio, inundando várias salas. O subsolo também alagou e até armários ficaram boiando com a quantidade de água. De acordo com funcionários da unidade de saúde, a água já escoou. Em nota, a direção do Hospital Federal de Bonsucesso informou que a Emergência está priorizando casos graves de acordo com o perfil da unidade.

A direção informa ainda que a Brigada de Emergência da Unidade foi acionada e atuou imediatamente para conter a entrada de água da chuva pelo telhado do corredor da Emergência e posteriormente foi realizada a limpeza e a desinfecção da área. A direção ainda acionou as empresas responsáveis para realizarem os reparos necessários.

“É importante ressaltar que nenhuma área com pacientes foi afetada. E o subsolo do hospital apenas possui área de circulação entre os prédios e áreas administrativas. A direção informa que vai abrir processo administrativo para apurar as responsabilidades”, informa o comunicado.
Alvo de denúncias

Direção

A nova direção do Hospital Federal de Bonsucesso assumiu o cargo no dia 29 de janeiro último. O médico Paulo Roberto Cotrim de Souza exercerá o cargo até que o Ministério da Saúde indique um diretor definitivo para a função.

Uma semana antes, a diretora Luana Camargo foi exonerada depois de várias manifestações do corpo clínico do HFB. Nesse período, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, indicado pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, respondeu pela unidade.

O hospital é referência em transplantes de rim e fígado e a direção vinha recebendo críticas da comunidade acadêmica, do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) e do Conselho Federal de Medicina (Cofem).

Comemoração

Luana Camargo estava no cargo desde março do ano passado. Ela foi exonerada logo após promover, no dia 11 de janeiro, uma festa para comemorar os 71 anos do HFB, orçada em R$ 156 mil, o que revoltou o corpo clínico e os pacientes do hospital. A comemoração foi interrompida por servidores e pacientes que protestaram contra a realização do evento, com faixas e cartazes.

Os funcionários já vinham denunciando a superlotação e a falta de insumos básicos no hospital. Segundo relatos de servidores, as salas de cirurgia não tinham ar-condicionado e faltavam materiais como seringas e fios cirúrgicos. Eles também acusavam Luana de lotear a instituição com indicações políticas e pessoas sem experiência na gestão hospitalar.