Após protestos, Temer decide recriar o Ministério da Cultura

A decisão de Temer de fundir as duas pastas em uma foi alvo de intensos protestos por parte de artistas.

Após uma semana de intensos protestos contra a extinção do Ministério da Cultura e sua consequente vinculação ao Ministério da Educação, o presidente interino Michel Temer (PMDB) recuou neste sábado e decidiu recriar a pasta. O anúncio foi feito na tarde de hoje (21) pelo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho.
“A decisão de recriar o Minc é um gesto do presidente Temer no sentido de serenar os ânimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira”, disse Mendonça Filho em sua conta no Twitter. Com a decisão, o então secretário Nacional de Cultura, Marcelo Calero, nomeado na última quarta-feira (18), assume o posto de ministro da pasta.
Ao comunicar a decisão de recriar o MinC, Mendonça reforçou a continuidade da parceria entre as pastas. “Com Marcelo Calero vamos trabalhar em parceria para potencializar os projetos e ações entre os ministérios da Educação e da Cultura”, escreveu o ministro.

Protestos

A decisão de Temer de fundir as duas pastas em uma reforma ministerial foi alvo de intensos protestos por parte de artistas, produtores culturais e gestores ligados à área cultural. Na última terça-feira (17) a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou a convocação do ministro para dar explicações sobre o fim do MinC e a junção de suas atribuições com o Ministério da Educação.
Com a decisão de recriar a pasta, Mendonça não deverá ter que comparecer ao colegiado.