Após manifestações no RS, atos de centrais sindicais reúnem milhares pelo País

Da Agência Estado


Manifestantes ligados a centrais sindicais e movimentos populares promoveram atos nas ruas de 23 Estados e o Distrito Federal nesta sexta-feira. Os grupos fizeram cobranças ao governo federal por garantias de direitos trabalhistas, mas condenaram pedidos de impeachment. Os atos foram pacíficos e não houve registros de confusão. Os atos em defesa do governo no Rio Grande do Sul ocorreram ontem.
Os movimentos pelo País foram organizados pela CUT, que refuta a ideia de que os protestos sejam em defesa do governo, embora se declarem claramente contrários ao impeachment. Em algumas capitais, as manifestações contam com o apoio de partidos como PT, PC do B e PSOL, além de integrantes do MST (Movimento Sem Terra) e de outros sindicatos e movimentos sociais.
Panorama dos protestos pelo País
Em São Paulo, apesar de a liderança do protesto dizer que a manifestação não é a favor do governo e da presidente Dilma Rousseff, havia entre os manifestantes muitos com camisetas do PT, broches e adesivos da campanha de Dilma. Eles criticaram o ajuste fiscal, pediram garantias de direitos trabalhistas.
No Rio de Janeiro, na Bahia, em Minas Gerais e no Paraná – entre outros Estados – petroleiros e militantes promoveram atos em “defesa da Petrobras”, estatal atingida pelas investigações da Operação Lava Jato. No Rio, cerca de 1,5 mil pessoas, segundo a PM (polícia militar). Em Salvador (BA), o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli participou da manifestação.
Em Minas, um grupo se concentrou pela manhã na entrada da Regap (Refinaria Gabriel Passos) e saiu em caminhada pela BR-382. O ato foi em defesa da estatal, pela reforma política e pela manutenção de direitos trabalhistas. Cerca de mil integrantes do Movimento Sem Terra (MST) aderiram ao protesto, segundo a Polícia Militar e organizadores do ato.
Em Brasília, um grupo com cerca de 500 manifestantes se concentrar mais cedo na região central da capital. No Paraná, cerca de 200 manifestantes se reuniram em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Grande Curitiba. Em Florianópolis, centenas de manifestantes reuniram-se em frente à Catedral Metropolitana, no centro da capital de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 manifestantes desfilaram pelas ruas do centro da cidade em quase duas horas de manifestação.
Em Fortaleza e no Recife, manifestantes cobraram a manutenção de direitos trabalhistas – que sofreram ajustes recentemente – e ainda levantam a bandeira da reforma política. Em Fortaleza, o protesto começou pela manhã e contou com a participação 1 mil pessoas. Em Goiânia, 2 mil se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Estado. Em Maceió, cerca de 500 pessoas, segundo cálculos de Polícia Militar de Alagoas, participaram, nesta tarde do ato público em defesa dos direitos dos trabalhadores e da Petrobras.
No Piauí, os protestos mobilizaram sindicatos e mais duas mil e quinhentas pessoas no centro de Teresina. No Tocantins, a manifestação foi mais modesta e reuniu menos de 250 pessoas em Taquaralto, bairro distante 20 quilômetros do centro da capital de Palmas, capital do Estado. Na Paraíba, a manifestação reuniu mil pessoas, segundo a Polícia Militar da Paraíba.