Na manhã desta terça-feira (6), uma sessão do Tribunal do Júri precisou ser adiada após a facção “Bala na Cara” impedir a saída de um preso de uma das galerias do Presídio Central de Porto Alegre. A sessão estava marcada para às 9h30 desta terça-feira (6).
A facção, que atua em diversos presídios do Rio Grande do Sul, impediu que o réu fosse levado pela Susepe (Superintendência de Serviços Penitenciários). Presos não deixaram que os agentes penitenciários conduzissem o preso Arílson Luiz de Oliveira, que seria julgado na 1ª Vara do Júri por dupla tentativa de homicídio.
Em despacho, a juíza presidente da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Taís Culau de Barros, relatou que “embora tenha sido intimado, o réu não foi conduzido pela Susepe sob alegação de que os apenados da facção “Bala na Cara” teriam se recusado a sair da galeria. Dessa forma, estando o réu preso e não tendo sido conduzido, impossibilita a realização da sessão”.
O júri foi remarcado para o dia 16 de setembro, às 9h30. Para o promotor do Ministério Público, Eugênio Amorim, a situação é um “fracasso” e exemplo de como o Estado “não tem o mínimo controle dos presídios.