Aos 89 anos, morre em Porto Alegre o jornalista Jayme Copstein

Jayme Copstein, um dos principais nomes do rádio gaúcho morreu na tarde desta sexta-feira (13), em Porto Alegre. O radialista e jornalista de 89 anos estava tratando um câncer de pulmão e estava desde dezembro internado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

Copstein iniciou a atividade em jornal e rádio em 1943 e, em março de 1968, foi contratado como freelancer no jornal Correio do Povo. Um mês depois, foi contratado em definitivo e trabalhou no impresso até junho de 1984. Além de repórter, foi editor e assessor da direção.

“Acho que nasci jornalista, não sei fazer outra coisa”, comentou Copstein em entrevista recente ao Correio do Povo. Na infância em Rio Grande, na região Sul do Estado, com aproximadamente oito anos, o jornalista ouviu um tio lendo nas páginas do Correio do Povo para sua mãe a notícia sobre um incêndio. “Foi aí que eu decidi: é isso que eu quero fazer pelo resto da minha vida”, lembrou.

Natural de Rio Grande, ele veio para Porto Alegre aos 17 anos, em 1945. Passou a trabalhar na Rádio Farroupilha, onde ficou até 1949, quando voltou para Rio Grande. “Por pressão familiar fui estudar Odontologia e voltei para casa”, revelou.

Nos anos 1980, foi para a Rádio Gaúcha, onde atuou por 22 anos. Na emissora, comandou o programa “Gaúcha na Madrugada”, que – posteriormente – passou a se chamar “Brasil na Madrugada”. Após deixar o Grupo RBS, foi colunista do jornal O Sul e apresentador do programa “Paredão”, da Rádio Pampa, do Grupo Pampa.

Copstein trabalhou ainda na Band AM, jornal do Comércio, sete anos no Diário de Notícias e foi colunista do site Coletiva.net. Recentemente, tinha um blog, onde publicou o último post em 28 de setembro de 2016.

Jayme Copstein ganhou diversos prêmios, entre eles a medalha de Prata (2º lugar) no Festival Internacional do Rádio de Nova York, em 1995. Além disso, publicou diversos livros, entre eles: “Notas Curiosas da Espécie Humana”, “Ópera dos Vivos”, “Mar de dentro – A vida de Antônio Joaquim Dias” e “A mosca e o elefante”.

Copstein, que era viúvo desde 2005, deixa as filhas Léa, Lucy e Leslie, e as netas Berenice, Bruna, Joyce, Lídice e Alicia e o bisneto Lucas. O enterro ocorre no domingo (15), no Cemitério Centro Israelita. O horário ainda não foi divulgado.