Aneel aprova aumento de até 39% para contas de luz no RS

Da redação, com informações da Agência Brasil


A partir da próxima segunda-feira, a conta de luz vai ficar mais cara para consumidores atendidos por 58 concessionárias do País. A revisão tarifária extraordinária para essas empresas foi aprovada hoje pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e a previsão é de um aumento médio de 23,4%.
O maior aumento do Páis é o da concessionária AES Sul com 39,5%. Os consumidores da RGE Energia terão um reajuste de 35,5%. A CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) terá reajuste um pouco mais modesto: de 21,9%. Segundo a Aneel, os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. A diferença ocorre, conforme a agência, principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Bandeiras tarifárias
Também começa a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permite a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras também passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu – por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.
Motivo da revisão
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras, e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de 22 bilhões de reais para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e a maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.