Classificada para representar o Brasil no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a dupla Ana Patrícia, 22 anos, e Rebecca, 27 anos, voltou aos treinos nesta semana em Fortaleza. Durante a quarentena, Ana esteve na cidade mineira de Espinosa. Já Rebecca seguiu em Fortaleza, onde nasceu e reside.
A capital cearense também é o local de treinos da dupla, que está junta há três anos. E quis o destino que, justamente na semana na qual a Olimpíada estaria começando caso não tivesse sido adiada por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), as duas voltassem a treinar juntas nas areias de Fortaleza. “Todo esse tempo deixou muita saudade. Voltamos mais inspiradas e motivadas. A expectativa é fazer o que havíamos planejado antes disso tudo começar. Fazer o melhor possível para todos os campeonatos que vão vir e, consequentemente, para a Olimpíada”, projeta Ana Patrícia.
“Essa semana voltamos a treinar com bola e foi um alívio, por mais que tenhamos tentado nos exercitar em casa, nunca é a mesma coisa”, declarou Rebecca.
Enquanto o circuito brasileiro tem a previsão de reinício em setembro, alguns países europeus já estão com os torneios em andamento. Porém, para Ana Patrícia isso não é algo que deve preocupar a dupla atual campeã nacional: “Com certeza gostaríamos de ter o nosso circuito nacional assim como já está acontecendo em vários países da Europa. Contudo, acho que é o momento de comemorarmos o fato de estarmos voltando aos treinos e, aos poucos, retornar a rotina. Vamos torcer para que as previsões de retorno do circuito para setembro se confirmem. O mais importante é focar no nosso trabalho e correr atrás do que temos que correr e não pudemos por causa da pandemia. E, é claro, sempre cuidando da saúde. Isso é, independentemente de qualquer coisa, o que temos de mais importante”, diz a atleta.
Rebecca também reconhece que o caminho até a retomada da forma física será longa: “Espero que aos poucos as coisas possam ir voltando. Vamos nos adaptando a esse novo normal, e tomara que seja possível ter alguma competição no segundo semestre, principalmente o circuito brasileiro. Assim vamos progredindo e atingindo nossos objetivos a curto, médio e longo prazo. Mas é um processo que todo mundo vai passar. Lembrando sempre que nosso foco maior continua sendo a Olimpíada, agora em 2021”.