Levantamento da Prefeitura de Porto Alegre, divulgado ontem (16), aponta que as obras de ampliação e duplicação da avenida Tronco, na zona Sul de Porto Alegre só deve serem concluídas em 2019, sete anos após a data de início. A “Obra da Copa” iniciou em 2012 e deveria estar pronta para a Copa do Mundo de 2014. O custo era previsto em R$ 156 milhões.
Prevista para ter 5,3 quilômetros de extensão, a obra compreende trecho a partir da rótula da avenida Icaraí, no bairro Cristal, até a nova rótula no cruzamento com as avenidas Gastão Mazeron e Carlos Barbosa, e outra parte formada a partir de bifurcação: uma via até a Terceira Perimetral (altura da avenida Teresópolis) e outra até a rótula do Papa (Medianeira).
Ao todo, a obra foi dividida em quatro lotes e nenhum deles foi concluído. O Trecho 1 e 2 começa na rótula da Gastão Mazzeron até a Terceira Perimetral e até a Rótula do Papa. O trecho 3 e 4 vai da rótula da Icaraí até a Rua Gabriel Camargo, que fica distante 100 metros da Gastão Mazzeron.
Veja no mapa
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A obra, que tem apenas 30% da execução concluída, está parada há meses por causa da necessidade de desapropriação de quatro famílias. Para duas, o processo de indenização e remoção está quase concluído, conforme a Prefeitura. As outras não aceitam o acordo proposto pela a administração municipal. O processo de desapropriação dos terrenos necessários para a continuidade da obra vão acabar indo para a Justiça.
Estragos no canteiro de obras
A demora da duplicação em ser concluída afeta o que já foi realizado pelas empresas vencedoras do certame contratado para executar a obra. Parte do aterro onde seriam construídas calçadas na avenida Moab Caldas foram levadas pelas chuvas. No local do cimento, apareceram os canos de água e esgoto.
Em outro ponto, os danos causado pela enxurrada fez que uma cratera se abrisse em um trecho do canteiro de obras. O local virou uma piscina de esgoto puro que só foi removido após obra do DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) ontem pela manhã.
Outros problemas são a falta de tampas de respiro da rede de esgoto, danos no encanamento que causam que a água contaminada percorra a rua e crateras causadas pela água da chuva em pontos não asfaltados. A Prefeitura e a empresa responsável devem fazer a manutenção nos locais com problemas, mas não há prazo para os “remendos”.
Retomada e conclusão
A retomada das obras só ocorrerá após que a Prefeitura retire o decreto que impede novos gastos e suspende o pagamento das dívidas deixadas pela gestão anterior. Outro fator que atrapalha a continuidade dos serviços é a desapropriação, citada neste texto. A conclusão da obra é prevista, somente, para dois anos após a retomada completa das obras.
- Os dados desta reportagem foram obtidos através de meios públicos como o site obrasdemobilidadeurbana.com.br e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.