28ª fase da Lava Jato investiga repasses de propina a partidos e prende ex-senador

A PF (Polícia Federal deflagrou) nesta terça-feira (12) a 28ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvos o ex-senador do Distrito Federal Gim Argello (PTB) e a construtora OAS. O político foi preso preventivamente pela PF.
São cumpridos ainda dois mandados de prisão temporária, que têm como alvo dois assessores de Argello, e quatro mandados de condução coercitiva (condução compulsória por agentes policiais).

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A atual fase, denominada Vitória de Pirro, tem o objetivo de apurar irregularidades na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado e na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigaram irregularidades na Petrobras em 2014, informou a PF.
A força-tarefa da Lava Jato suspeita que pelo menos um senador tenha recebido doações eleitorais legais de empreiteiras em troca de evitar a convocação de executivos para depor nas comissões parlamentares.
A investigação, segundo a PF, mira em indícios de que um integrante da CPI da Petrobras no Senado e da CPI mista da estatal teria “atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação”.
RESUMO DA OPERAÇÃO
Objetivo: investigar irregularidades na CPI e na CPMI da Petrobras (2014 e 2015).
Mandados judiciais: 22, sendo 2 de prisão temporária, um de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão e 5 de condução coercitiva.
Preso preventivamente: ex-senador Gim Argello (PTB-DF).
Presos temporariamente: Paulo Cesar Roxo Ramos e Valério Neves Campos, ambos ligados a Argello e presos em Brasília.
Conduzidos coercitivamente: Jorge Argello Júnior, filho do ex-senador Argello, Roberto Zardi Ferreira Jorge, Gustavo Nunes da Silva Rocha, Dilson de Cerqueira Paiva Filho e Marcos Paulo Ramalho.