A 26ª fase da Operação Lava Jato prendeu um empresário na manhã desta terça-feira (22), em Porto Alegre. O detido é Antonio Cláudio Albernaz, que deve prestar depoimento na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde estão sendo levados os detidos na Operação.
Os policiais federais também cumpriram mandado de busca e apreensão na residência dele, na Vila Conceição, na Zona Sul de Porto Alegre. Cerca de 380 policiais federais cumprem 110 mandados judiciais em oito estados.
Denominada “Xepa”, os principais alvos são executivos da empreiteira Odebrecht e doleiros. A operação investiga a estrutura interna da construtora para pagamento de propina para vários setores, inclusive a Petrobras.
No Rio de Janeiro, Roberto Prisco Ramos, presidente da Odebrecht Oleo e Gas, teve decretada prisão temporária. Outro alvo é Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho, suposto controlador de contas secretas da empreiteira. Contra ele foi decretada prisão preventiva.
Em depoimento à polícia em fevereiro, Maria Lúcia Tavares, apontada como uma espécie de gerente da contabilidade paralela da construtora, afirmou que a menção a “acarajés” em e-mails trocados com Mascarenhas e Ramos, ambos ligados também à Odebrecht, refere-se a “porções de acarajé para entrega no Rio de Janeiro/RJ em um escritório”.
Desdobramento
Desdobramento da 23ª fase, a “Acarajé”, em que o marqueteiro João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, foram presos –o casal trabalhou nas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e de Dilma Rousseff em 2010 e 2014–, na etapa desta terça estão sendo cumpridos ao todo 110 ordens judiciais, sendo 67 de busca e apreensão, 28 de condução coercitiva, 11 de prisão temporária e 4 de prisão preventiva.
Os alvos de condução coercitiva prestarão depoimentos nas cidades em que se encontram. Os suspeitos presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de capitais, corrupção, organização criminosa e evasão de divisas.