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Vice-presidente do Equador renuncia após denúncia de corrupção

A vice-presidente do Equador, María Alejandra Vicuña, renunciou hoje (4) ao cargo, após ser denunciada por corrupção relacionada com a cobrança ilegal de doações a um ex-assessor, quando era deputada federal entre 2011 e 2013. Em sua conta do Twitte...

A vice-presidente do Equador, María Alejandra Vicuña, renunciou hoje (4) ao cargo, após ser denunciada por corrupção relacionada com a cobrança ilegal de doações a um ex-assessor, quando era deputada federal entre 2011 e 2013.

Em sua conta do Twitter, Vicuña disse que não permitirá que as presunções contra ela sejam usadas para criar um ambiente de instabilidade no governo ou rumores que envolvem até a possibilidade de renúncia do próprio presidente, Lenín Moreno. “O país não merece essa instabilidade e, por isso, apresento a renúncia ao cargo de vice-presidente.”

Anteriormente, o presidente Lenín Moreno, havia decretado o afastamento de María Alejandra, até o dia 31 deste mês, para que ela se defenda de uma acusação de cobrança de propina.

O presidente encarregou temporariamente o secretário-geral da Presidência, a José Augusto Briones, de assumir as funções de María Alejandra, já que ela não teria que deixar o cargo.

Moreno fez o anúncio do afastamento na cerimônia de posse de novos ministros que marca a segunda reformulação de seu gabinete neste ano.

Denúncia

De acordo com denúncia do ex-assessor legislativo Ángel Sagbay, a vice-presidente cobrou dele depósitos regulares em uma conta pessoal dela, entre 2011 e 2013, supostamente como contribuição obrigatória ao partido ABA, ao qual ambos são filiados, e como condição para que ele ficasse com o cargo. Devido ao escândalo, vários parlamentares pediram que María Alejandra seja alvo de um processo de impeachment.

A vice-presidente, que negou qualquer irregularidade nas cobranças, foi nomeada para o posto em outubro do ano passado, em substituição a Jorge Glas, que foi preso preventivamente por suposta participação em um grande caso de corrupção internacional envolvendo a construtora Odebrecht.

 *Com informações da Agência EFE