
O presidente dos EUA (Estados Unidos), Donald Trump, declarou nesta terça-feira (19) que o avanço de um acordo de paz na guerra da Ucrânia depende agora de uma iniciativa direta dos líderes da Rússia e da Ucrânia. O comentário ocorreu em entrevista à emissora Fox News, no dia seguinte a uma cúpula com Volodymyr Zelensky e chefes de governo europeus, realizada na Casa Branca.
“Vou deixá-los se encontrar primeiro. Eles não têm sido exatamente melhores amigos”, afirmou Trump, destacando que tanto Vladimir Putin quanto Zelensky “precisam dar as ordens” para pôr fim ao conflito. O presidente norte-americano disse que, se o diálogo entre os dois avançar, ele poderá participar de uma reunião trilateral para firmar o acordo.
Putin sugeriu que esse primeiro encontro com Zelensky ocorra em Moscou. A proposta surgiu durante uma ligação com Trump na segunda-feira (18), após a reunião com o líder ucraniano. Zelensky recusou a sugestão, de acordo com fontes ouvidas pela agência AFP.
O jornal norte-americano Politico revelou que a Casa Branca avalia uma nova tentativa de mediação: um encontro trilateral em Budapeste, capital da Hungria. Durante a ligação, Trump teria pedido que Putin fosse “realista” nas exigências e sugeriu que o diálogo avance sobre os territórios ocupados.
Europa poderia garantir segurança da Ucrânia
Pelo lado russo, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que o Kremlin não se opõe a um novo encontro em nível bilateral ou trilateral, desde que seja “muito cuidadosamente preparado”. Ele também disse que Moscou vê em Trump a disposição de alcançar uma solução estável.
Ainda segundo Lavrov, o objetivo da Rússia “nunca foi” a conquista de territórios, mas a “proteção das populações russas” em áreas do Donbass. A proposta atual de Moscou envolve o reconhecimento da anexação da Crimeia e da soberania sobre regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Em troca, a Rússia aceitaria que os EUA e a União Europeia fornecessem garantias de segurança à Ucrânia — fora da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), mas com compromisso de reação em caso de novo ataque.
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