O Rio Grande do Sul receberá R$ 430 milhões do governo federal para tomada de ações emergenciais para enfrentar a grave seca que atinge o Estado. A liberação dos recursos foi autorizada durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF).
Conforme o governo federal, o dinheiro será destinado às áreas de agricultura, desenvolvimento social e defesa civil. No encontro, o governo avaliou as demandas de prefeitos, deputados, vereadores e entidades de trabalhadores do campo sobre ações emergenciais para enfrentar a seca no RS.
Amanhã (23), uma comitiva de ministros viaja ao estado para avaliar os estragos da estiagem. A Região Sul do Brasil tem mais de 300 municípios em situação de emergência, das quais quase 200 com reconhecimento oficial. Destes, 191 estão no Rio Grande do Sul.
A expectativa é de que, durante a viagem, sejam anunciadas medidas de auxílio aos atingidos pela falta de chuva, entre elas, uma linha de crédito emergencial para pequenos e médios produtores. No início de fevereiro, uma comitiva gaúcha esteve em Brasília em busca de ajuda para o Estado.
Além do ministro da Integração e do Desenvolvimento Social, Waldez Góes, devem integrar a comitiva ao Rio Grande do Sul os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, além do presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edgar Pretto.
Medidas estruturantes
Além de medidas emergenciais de auxílio, outras ações de maior magnitude devem ser tomadas. Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (22), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro afirmou que estão sendo estudadas “medidas estruturantes” em relação à estiagem no Rio Grande do Sul.
“Por parte do Ministério da Agricultura, por óbvio, nós temos que tratar de renegociação de dívidas, de alongamento de prazos dessas dívidas. Esta visita serve para levar medidas emergenciais e também colher informações para que a gente possa tomar medidas estruturantes”, afirmou. “Não podemos ficar, a cada ano, vulneráveis. É determinação do presidente Lula pensar a médio e longo prazo”, concluiu Fávaro.