Após o ataque

Presidentes dos Três Poderes repudiam atos golpistas e pregam união

O documento foi divulgado após uma reunião entre os líderes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

Reunião dos ministros do STF com o presidente Lula. Foto: reprodução de vídeo

Os chefes dos três poderes da República divulgaram nesta segunda-feira (9) uma manifestação conjunta de repúdio à insurreição promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Os Poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília”, diz o comunicado, que foi divulgado após uma reunião entre os líderes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

O documento é assinado pelos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. “Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras. Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria”, acrescenta a nota.

O comunicado termina com um pedido por “normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”.

Lula cumpre expediente no Palácio do Planalto apesar da destruição provocada por bolsonaristas no local, e essa é sua segunda manifestação oficial após a insurreição do último domingo (8).

Centenas de pessoas foram presas em flagrante durante os atos antidemocráticos, enquanto a desmobilização do acampamento de apoiadores de Bolsonaro diante do quartel-general do Exército em Brasília terminou com 1,2 mil detidos.

Em função da insurreição, Lula decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal até 31 de janeiro, e o governador Ibaneis Rocha (MDB), acusado de passividade frente às invasões, foi afastado do cargo pelo STF.