O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exigiu hoje (11) a punição dos responsáveis pelo abate de um avião ucraniano com 176 pessoas a bordo e o pagamento de indenizações por parte do Irã. O país persa admitiu ter abatido a aeronave por engano.
“A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste em um pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à Justiça, devolva os corpos, pague uma indemnização e publique um pedido de desculpas oficial”, escreveu Volodymyr Zelensky em sua conta no Twitter.
“A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos”, acrescentou.
O primeiro-ministro do Canadá, país de origem de dezenas dos passageiros mortos na queda do avião, também exigiu hoje “transparência” na realização de um “inquérito completo e aprofundado” para apurar responsabilidades.
“A nossa prioridade continua a ser esclarecer este caso em um espírito de transparência e justiça”, afirmou Justin Trudeau, em comunicado.
“Esta é uma tragédia nacional e todos os canadenses estão de luto. Vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros em todo o mundo para garantir a realização de um inquérito completo e aprofundado”, afirmou.
Trudeau acrescentou que “o governo do Canadá espera a plena colaboração das autoridades iranianas”.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou hoje que o país “lamenta profundamente” ter abatido o avião civil ucraniano, ressaltando que foi “uma grande tragédia e um erro imperdoável”.
“O inquérito interno das forças armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados por engano provocaram a queda do avião ucraniano e a morte de 176 inocentes”, admitiu Hassan Rohani, em uma mensagem divulgada na rede social Twitter.
“As investigações continuam para identificar e levar à justiça” os responsáveis, acrescentou.
O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines caiu na quarta-feira nos arredores de Teerã, causando a morte de todas as 176 pessoas a bordo, na maioria iranianos e canadenses.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, em uma operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.