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Polícia Federal busca documentos da Precisa apresentados na negociação da vacina Covaxin

A empresa é investigada por irregularidades no contrato firmado com o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, a partir das denúncias apresentadas pela CPI da Pandemia. A empresa é investigada por irregularidades no contrato firmado com o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.

Os mandados são cumpridos em endereços de Brasília, São Paulo e na cidade paulista de Campinas. Participam 50 agentes da Polícia Federal e 8 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União). Em setembro, a Precisa já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF.

O acordo, de 1,6 bilhões de reais, está sob investigação por causa de um suposto pedido de propina, além de outras irregularidades, como apresentação de documentos falsos e de um financiamento expedido por empresa não autorizada pelo Banco Central.

Diante das denúncias, a Precisa acabou descredenciada pelo laboratório indiano Bharat Biotech como representante da vacina Covaxin no Brasil. Depois do surgimento das suspeitas, o contrato da Precisa com o Ministério da Saúde foi suspenso e, posteriormente, cancelado. O documento havia sido assinado em 25 de fevereiro. Seriam 20 milhões de doses, a um custo individual de US$ 15 (R$ 79,55).

A Precisa e o Ministério da Saúde não revelaram a íntegra do contrato para a compra da vacina Covaxin, nem quanto a empresa lucraria com o negócio. O único documento fornecido pela empresa para a CPI da Covid é um “memorando de entendimento” e não um contrato formal, com as cláusulas do trâmite.