
A Petrobras obteve nesta segunda-feira (20) a licença de operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para realizar pesquisa exploratória em águas profundas do Amapá, na Margem Equatorial brasileira.
O poço está localizado a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa. A autorização permite que a companhia inicie a perfuração quando as condições técnicas forem confirmadas, encerrando um processo de licenciamento que durou quase cinco anos.
A perfuração terá caráter exclusivamente exploratório, sem produção de petróleo nesta fase. A estatal busca avaliar o potencial de petróleo e gás natural na região, considerada uma nova fronteira energética. A companhia afirma ter cumprido todas as exigências ambientais impostas pelo Ibama, incluindo um simulado de emergência conduzido em agosto, que testou o plano de resposta em caso de incidentes.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a licença representa um marco após anos de diálogo com órgãos ambientais e governos locais. Segundo ela, a companhia “operará com segurança e responsabilidade” e espera “comprovar a existência de petróleo na porção brasileira da Margem Equatorial”.
A liberação ocorre duas semanas antes da COP30, o que gerou críticas de entidades ambientais. Organizações classificaram a decisão como um retrocesso, enquanto o setor energético a vê como passo estratégico para fortalecer a segurança energética nacional.
De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o volume recuperável estimado na Bacia da Foz do Amazonas é de 6,2 bilhões de barris de óleo equivalente. As reservas provadas da Petrobras somam 11,4 bilhões de barris.
O plano 2025-2029 da estatal prevê 15 poços na Margem Equatorial, com investimento total de US$ 3 bilhões, sendo oito apenas na Foz do Amazonas.
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