Notícia

Pesquisa aponta que fumar acelera o envelhecimento e que a prova está no DNA

Estudo chinês foi divulgado em congresso científico realizado em Milão, na Itália.

Crédito: Freepik

Um estudo divulgado nesta segunda-feira (11) revelou que fumar acelera o envelhecimento e que a prova está no DNA, especificamente nos cromossomos. Segundo a pesquisa, o fumo tornaria mais rápido o encurtamento dos telômeros, extremidades dos cromossomos que indicam a capacidade da célula de se regenerar e curar.

Os dados foram mostrados no Congresso Internacional 2023 da Sociedade Europeia para a Medicina Respiratória, que acontece em Milão, e o estudo foi realizado pela Universidade de Hangzhou, a China. Os dados também mostram que parar de fumar reduz consideravelmente o risco de envelhecer antes da hora.

Os telômeros, sequências repetidas de DNA que protegem as extremidades dos cromossomos, são como as pontas de plástico ou metal no fim do cadarço do sapato, impedindo que o tecido desfie.

Cada vez que uma célula se divide, os telômeros encurtam um pouco, chegando a encurtar tanto que a célula não consegue mais se dividir com sucesso e morre, o que faz parte do envelhecimento.

O comprimento dos telômeros está ligado a muitas doenças, como distúrbios cardiovasculares, diabetes e perda de tecido muscular, mas até agora poucos estudos investigaram a relação com o fumo.

Os pesquisadores, liderados por Siyu Dai, analisaram os dados genéticos de quase 500 mil pessoas recolhidos no banco de dados britânico Biobank, verificando que fumar diminui significativamente os telômeros dos cromossomos dos glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imune.

O efeito é maior conforme o número de cigarros consumidos habitualmente.

Para os ex-fumantes, os pesquisadores encontraram apenas uma leve tendência de encurtamento, insignificante estatisticamente.