Após 38 dias internado no Hospital Gemelli, em Roma, o papa Francisco retornou ao Vaticano neste domingo (23). Por volta das 12h (8h de Brasília), ele foi a uma varanda do quinto andar da estrutura.
Na cadeira de rodas, ele acenou aos fiéis aglomerados sob a janela e, ao microfone, agradeceu. “Obrigado a todos. Vejo uma senhora com as flores amarelas. Boa!”, afirmou, com a voz ofegante.
A aparição durou menos de dois minutos. Logo após, Francisco fez o sinal da cruz e começou a tossir. Era a deixa para que o cerimonial encerrasse.
O pontífice deixou o hospital logo em seguida em direção ao Vaticano, conforme anunciado pela equipe médica no sábado (22).
Neste domingo (23), a Santa Sé reiterou que Francisco continuará em repouso. A alta possui orientação de repouso e cuidados médicos contínuos.
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Apesar de deixar o hospital, o papa vai permanecer em convalescença por ao menos mais dois meses na Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano.
Oração global e testemunho de fé
Durante o tempo de internação, o Pontífice, de 88 anos, esteve em estado de observação constante. De acordo com os boletins médicos, o quadro foi considerado clínico e infecciosamente complexo, exigindo cuidados prolongados.
Milhões de pessoas, católicas ou não, rezaram por sua recuperação. Celebrações e orações vieram de todos os cantos do mundo. Em uma mensagem anterior publicada no Angelus, o papa afirmou que cada gesto, pensamento e oração o sustentaram em sua fragilidade.
Ele também destacou que a fraqueza e o sofrimento podem ser testemunhos evangélicos, à imagem do Cristo que sofreu na cruz. “Cada momento da vida é precioso. A qualquer instante, pode ser exigido de nós”, afirmou.
Na missa celebrada em 16 de março, o papa apareceu pela primeira vez desde a internação. A imagem o mostrava de costas, em uma cadeira de rodas, durante oração no décimo andar do hospital.
