VATICANO

Papa Francisco apresenta melhora, mas missa de Domingo de Ramos será conduzida por cardeal

Pontífice segue convalescendo e ainda não tem presença confirmada nas celebrações da Semana Santa

Papa Francisco acenando enquanto está em uma cadeira de rodas, ao lado de um guarda suíço em uniforme colorido, representando a liderança da Igreja Católica.
Crédito: reprodução de vídeo

O Papa Francisco, de 88 anos, apresenta evolução no quadro de saúde, mas ainda segue em processo de convalescença. Conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Vaticano, ele decidiu delegar a missa do Domingo de Ramos, marcada para o próximo dia 13 de abril, ao cardeal argentino Leonardo Sandri.

De acordo com o informe da Santa Sé, o Papa tem apresentado melhoras graduais no aspecto motor, respiratório e no uso da voz. O quadro clínico segue considerado estável. Ainda conforme o boletim, os exames de sangue estão dentro da normalidade e o pontífice já consegue ficar longos períodos sem necessidade de oxigenação.

O uso de oxigênio, agora, está descrito como “residual e com fins terapêuticos”. O Vaticano também informou que Francisco tem mantido atividades leves, recebendo dirigentes da Cúria Romana e membros da Secretaria de Estado na Casa Santa Marta, onde reside oficialmente.

Aparição surpresa e restrições médicas

Na última quinta-feira (10), o Papa surpreendeu os fiéis ao aparecer na Basílica de São Pedro, mesmo com as limitações impostas pelos médicos. O Vaticano destacou que ele ficou feliz em estar presente e que o momento teve forte impacto simbólico para os católicos.

Apesar disso, a participação do Papa nas celebrações da Semana Santa ainda é incerta. Segundo o boletim, não há confirmação de sua presença nos demais ritos litúrgicos, algo que dependerá das condições de saúde e também do clima.

A celebração do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, será presidida por Leonardo Sandri, que atuará como delegado do Papa durante a cerimônia.

Recuperação pós-internação

Francisco recebeu alta hospitalar em 23 de março, após ficar quase 40 dias internado em tratamento de uma pneumonia bilateral, considerada grave. Desde então, ele tem permanecido recluso na Casa Santa Marta, com poucas aparições públicas.

Além da missa na Basílica nesta semana, o Papa também havia participado, de forma discreta, de uma celebração no fim de semana passado, durante o Jubileu. Mesmo com as melhoras, os médicos recomendam repouso contínuo até o final de maio. O que deve limitar sua atuação direta nas cerimônias religiosas mais importantes do calendário cristão.