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INTERNACIONAL

Cerca de 300 mil palestinos já retornaram à Cidade de Gaza após cessar-fogo

O acordo apresentado por Trump prevê a libertação dos reféns ainda vivos sob poder do Hamas até a manhã de segunda-feira (13)

Foto: Nações Unidas / Divulgação
Foto: Nações Unidas / Divulgação

Cerca de 300 mil palestinos já voltaram para a Cidade de Gaza, principal centro urbano da Faixa de Gaza, após a trégua entre Israel e Hamas e a retirada das tropas do país judeu para a chamada “linha amarela” traçada pelo plano de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A estimativa é da Defesa Civil do enclave, administrada pelo grupo fundamentalista islâmico, lamentando-se do fato de que não há tendas ou casas suficientes para acolher os desabrigados.

Nas últimas semanas, cerca de 900 mil pessoas foram forçadas a fugir da Cidade de Gaza devido a uma ofensiva israelense por terra, mas o acordo de cessar-fogo prevê que as tropas do país judeu permaneçam entre 1,5 e 5 quilômetros de distância das fronteiras do enclave, perímetro que não engloba o município.

Porém muitos palestinos estão descobrindo que não há mais um lar para onde retornar na Cidade de Gaza. “Não sobrou nada”, disse um desabrigado à emissora árabe Al Jazeera. Além disso, muitas famílias contaram que não podem pagar o preço para voltar ao norte, já que dois anos de guerra destruíram qualquer fonte de renda possível.

De acordo com a Defesa Civil, 150 corpos foram removidos de escombros desde o cessar-fogo, enquanto 9,5 mil pessoas são tidas como desaparecidas, o que pode aumentar o número de quase 70 mil mortos no conflito.

O acordo apresentado por Trump prevê a libertação dos reféns ainda vivos sob poder do Hamas até a manhã de segunda-feira (13), em troca da soltura de 1.950 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.

Enquanto isso, a ONU recebeu autorização de Israel para levar ajuda humanitária para Gaza a partir deste domingo (12) e já conta com 170 mil toneladas de suprimentos posicionados em países como Jordânia e Egito. 

Acordo

O negociador-chefe do Hamas, Khalil Al-Hayya, anunciou na quinta-feira (9) o fim da guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Al-Hayya disse que o movimento, que estava com uma delegação no Egito, recebeu garantias dos mediadores do conflito e dos Estados Unidos.

Em seguida, o governo de Israel ratificou o acordo no início da sexta-feira (10), dando início à retirada das tropas. Desde então, milhares de palestinos começaram a retornar para abrigos no sul de Gaza.

O acordo é iniciativa do presidente dos EUA, Donald Trump, cujo anúncio ocorreu em 29 de setembro. A assinatura ocorreu na quarta-feira (8), no Egito, prevendo a retirada das forças israelenses das principais áreas urbanas de Gaza. Contudo, Israel ainda manterá o controle de cerca de metade do território do enclave.

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