O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publicou nesta sexta-feira (2) um boletim afirmando que o “presidente” Nicolás Maduro foi reeleito. As “eleições” para o cargo foram realizadas no dia 28 de julho.
A oposição venezuelana, no entanto, reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia no pleito. A digitalização e totalização paralela das atas de seções eleitorais mostram o que seria uma vantagem de mais de 70% dos votos para Urrutia. A coalizão acusa o CNE de não apresentar os boletins eleitorais completos.
Em meio a crescente pressão internacional por transparência, os governos de Argentina, Uruguai e Equador reconheceram González como vencedor das eleições venezuelanas. Nenhum país democrático reconheceu os resultados apresentados pelas autoridades eleitorais, que são todas ligadas ao regime de Caracas.
O CNE afirma que quase 97% dos votos estão apurados. Pelas informações, o líder chavista obteve 51,95% do total de votos, contra 43,18% de Urrutia. A participação no pleito teria sido de 60%.
No primeiro boletim, publicado um dia depois das eleições presidenciais, Maduro foi apontado como o vencedor com 51,20% das preferências, quando 80% dos votos haviam “sido contados”.