A Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Pesca Urbana, para combater uma organização criminosa que roubava dinheiro de caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul e de outros Estados. Somente em 2021, 545 ocorrências vinculadas à organização criminosa foram registradas em unidades da Polícia Federal em todo o Brasil.
As apurações iniciaram em janeiro de 2021, a partir do ataque da organização criminosa a nove agências da Caixa Econômica Federal na Serra Gaúcha. Segundo a Polícia Federal, os crimes também foram praticados em outras instituições financeiras.
Parte da quadrilha foi desarticulada na primeira fase da ação, em abril. Mas os criminosos seguiram agindo. O método é sofisticado: integrantes da quadrilha colocam uma espécie de régua com adesivo dentro do caixa eletrônico. Quando um envelope é depositado, ele fica preso. Depois, os integrantes da organização criminosa recolhem o envelope.
A ação de hoje visa à prisão de membros da organização criminosa, à apreensão de novos elementos de provas e de bens adquiridos com o produto dos crimes para ressarcir os prejuízos causados. Até hoje, 49 pessoas envolvidas com a organização criminosa já haviam sido presas em flagrante por furto a agências bancárias em diversos estados brasileiros.
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As ações dos criminosos foram flagradas por câmeras de segurança em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e também em Atibaia, interior de São Paulo. Os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, organização criminosa e outras práticas criminosas que venham a ser identificadas na sequência das investigações.
Hoje, são cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e 34 mandados de busca e apreensão, além de bloqueios de bens. A operação teve uma primeira fase em abril quando nove ataques a agências da Caixa foram registrados na Serra Gaúcha. Aqui no Estado, também houve registro de furtos em agências no Litoral. Participam da investigação as unidades da PF em Caxias do Sul e Porto Alegre, além de Salvador (BA), Palmas (TO), Maringá (PR) e Aracaju (SE).
A operação foi denominada Pesca Urbana em razão do sistema utilizado pelo grupo criminoso para “fisgar” envelopes com valores depositados em terminais de autoatendimento de agências bancárias.
