A Prefeitura de Petrópolis e o Corpo de Bombeiros atualizaram, na noite desta quarta-feira (16), que subiu para 94 o número de mortes em decorrência da tempestade que atingiu a região Serrana do Rio de Janeiro. O número de pessoas consideradas desaparecidas caiu de 400 para 35, segundo as autoridades locais, após o Ministério Público começar um levantamento das pessoas não encontradas.
Pelo menos, 54 casas foram destruídas pelas chuvas e mais de 370 pessoas estão em abrigos improvisados. A prefeitura de Petrópolis já decretou estado de calamidade pública e reforçou as equipes dos hospitais locais para atender as pessoas afetadas pela tempestade.
Até a tarde desta quarta (16), a Defesa Civil Municipal contabilizou 292 ocorrências: 241 deslizamentos de terra e 51 desabamentos e quedas de muro e árvores.
A tragédia acontece na mesma região onde, onze anos atrás, ao menos 918 pessoas morreram em outra tempestade de verão, numa das maiores catástrofes do país. Até hoje há divergências no número de desaparecidos. Casas interditadas voltaram a ser ocupadas.
A parte central do município ficou inundada e um grande deslizamento de terra no Morro da Oficina foi registrado, tendo atingido por volta de 80 residências. Além das inundações, o mau tempo também provocou diversas quedas de árvores e deixaram pessoas ilhadas.
Em seis horas, o acúmulo de chuva atingiu a marca de 260 milímetros, sendo que a média prevista para o mês de fevereiro inteiro era de 232 milímetros.