PROTESTOS

Manifestantes incendeiam ônibus e carros em Brasília

Os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus após tentarem invadir a sede da Polícia Federal em Brasília.

Veículos foram queimados na noite desta segunda-feira (23). Crédito: Reprodução/TV Globo

Manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir a sede da PF (Polícia Federal) em Brasília na noite desta segunda-feira (12).

O fato ocorre após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada pelo ministro do STS (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, e iniciaram um protesto que, neste momento, resultou no fechamento do Setor Hoteleiro Norte e de parte do Eixo Monumental.

Os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus. Inicialmente a invasão na PF foi controlada por unidades da Polícia Militar que estava no local, mas o protesto cresceu e ainda não terminou. A assessoria da Polícia Militar informou que, além das unidades locais, foram acionadas as equipes táticas, o Batalhão de Choque e a equipe de operações especiais para controlar a situação.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou, por meio de nota, que as forças de segurança reforçaram a atuação em toda área central de Brasília.

“Para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal, em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central”, disse.

Segundo a nota, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito, como medida preventiva. A recomendação é que os motoristas evitem o centro da cidade.

“Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal”, informou a secretaria.

Prisão

O STF divulgou que José Acácio Serere Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.

Conforme a decisão, o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping de Brasília e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está hospedado em Brasília.

Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.