O primeiro dia de 2023 foi marcado pela posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato como presidente do Brasil. Os ritos de passagem de governo começaram no início da tarde em Brasília.
Uma multidão vestindo um misto de vermelho com as cores da bandeira brasileira se fez presente para acompanhar mais um momento histórico da democracia do País.
Desfile em carro aberto
Por volta das 14h30, Lula e o vice Alckmin deixaram um hotel no Setor Hoteleiro Sul e chegaram na Catedral Metropolitana, tradicional ponto de partida da solenidade. De lá partiram com o Rolls-Royce presidencial, fazendo o trajeto pela Esplanada dos Ministérios, sempre com acenos para fiéis apoiadores.
No veículo oficial, estavam com Lula, além de Geraldo Alckmin, a primeira-dama, Janja da Silva; e a segunda-dama, Lu Alckmin. O percurso terminou no Congresso Nacional, onde o novo presidente viria a tomar posse.
Lá, os quatro subiram a rampa do Congresso em um tapete vermelho. Primeiro as esposas depois os eleitos. Eles foram recebidos pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Discurso em prol da democracia
Já no plenário da Câmara dos Deputados, Lula foi oficialmente empossado às 15h05. Depois, fez um discurso de 31 minutos cuja tônica foram as palavras “união”, “reconstrução”, e também “democracia”.
“Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!”, enfatizou Lula. Estavam ali os parlamentares eleitos e diversos líderes mundiais.
Além das questões políticas, a solenidade foi marcada por momentos de simbolismo. Houve um minuto de silêncio em referência às recentes mortes de Pelé e do Papa Emérito Bento XVI.
Antes de assinar o termo de posse, Lula disse que o faria com uma caneta especial. Ele a ganhara de um apoiador do Piauí, nas eleições de 1989, que na ocasião lhe pediu que assinasse um eventual termo de posse com aquela caneta.
Por fim, a solenidade também oficializou Geraldo Alckmin como vice-presidente.
Passagem de faixa e discurso no parlatório
Após a chegada no Planalto, Lula subiu a rampa e recebeu a faixa presidencial de 7 representantes de grupos sociais. Eles estavam acompanhados da cachorra de nome “Resistência”, de 4 anos. Ela foi adotada pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, na época em que Lula esteve preso em Curitiba.
Tanto a passagem de faixa como o discurso que se seguiu foram marcados por muita emoção por parte de Lula. O novo presidente falava de forma enfática e embargava a voz em determinados momentos, sobretudo quando fez menção aos brasileiros em situação de fome e extrema pobreza.
Lula falou de tudo. Fez duras críticas ao governo Bolsonaro. Falou sobre os resultados dos governos petistas. E se comprometeu com a recuperação da situação social do País.