As IDF (Forças de Defesa de Israel) anunciaram que o Irã disparou nesta terça-feira (1º) mísseis em direção ao país. Os moradores receberam instrução para irem para abrigos antibombas quando ouvirem sirenes de alerta, acionadas por todo o território israelense.
“Há pouco tempo, mísseis foram disparados do Irã em direção ao Estado de Israel”, diz um comunicado das IDF. Não se sabe ainda o tamanho do bombardeio, mas a ANSA constatou a chegada de uma “chuva de projéteis” sobre Tel Aviv.
O portal Ynet fala em pelo menos 102 mísseis e em um edifício danificado na cidade. Também houve explosões próximas de Jerusalém. Todos os voos com origem e destino no país estão suspensos por tempo indeterminado.
A república islâmica prometia uma resposta militar a Israel desde o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em uma operação da inteligência israelense em Teerã, em 31 de julho passado.
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Escalada dos conflitos
O ataque iraniano chega em meio à escalada dos combates entre Israel e o grupo xiita Hezbollah no Líbano. O país é alvo de uma ofensiva israelense há mais de 10 dias, com um saldo de centenas de mortos e milhares de deslocados.
Na madrugada desta terça, as IDF iniciaram incursões por terra no sul do Líbano. Situação que não acontecia desde a guerra contra o Hezbollah em 2006. Tanto o Irã quanto o grupo xiita são aliados do Hamas. A facção extremista protagoniza um conflito contra Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023.
A guerra foi deflagrada após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil pessoas mortas em território israelense. O número de mortes soma cerca 41 mil vítimas no enclave palestino.
Esse é o segundo ataque iraniano a Israel desde o início do conflito em Gaza. Na primeira vez, em abril passado, o país disparou cerca de 300 drones e mísseis em retaliação por um bombardeio israelense contra o consulado da Síria em Teerã. Mas a ação acabou não levando a uma escalada maior da crise no Oriente Médio.
