Um ataque russo contra uma estação ferroviária em Chaplyne, cidade localizada na região de Dnipropetrovsk, matou ao menos 22 pessoas e deixou outras 50 feridas nesta quarta-feira (24), informou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Além das vítimas civis, o mandatário informou que um míssil atingiu um trem e destruiu quatro vagões. A pequena cidade, que tem cerca de 3,5 mil pessoas ao todo, é um importante ponto de transporte entre o nordeste e o sul da Ucrânia, com diversas rotas passando no local.
A Rússia não se manifestou sobre o ataque de maneira formal.
Mas, essa não é a primeira vez que uma estação de passageiros de trens é atacada desde o início da guerra, em 24 de fevereiro. O maior deles ocorreu em 8 de abril, quando um míssil russo atingiu a estação de Kramatorsk e matou 52 pessoas, além de deixar 90 feridos.
Ataque no dia da Independência da Ucrânia
Sirenes antiaéreas voltaram a soar em Kiev e outras cidades da Ucrânia nesta quarta-feira (24), dia em que o país celebra os 31 anos de sua independência e que também marca seis meses do início da invasão promovida pela Rússia. Mensagens divulgadas pelas administrações da capital e de outros municípios ameaçados pediram para a população procurar proteção em abrigos antibombas.
Nos últimos dias, o governo da Ucrânia alertou para um possível recrudescimento dos bombardeios russos em função do Dia da Independência, o que fez a prefeitura de Kiev proibir aglomerações públicas até 25 de agosto. Já em Kharkiv, segunda cidade mais populosa do país, um toque de recolher ficará em vigor até a manhã desta quinta (25).
Em um vídeo divulgado nesta quarta-feira, o presidente Volodymyr Zelensky garantiu que a Ucrânia vai resistir à invasão russa “até o fim” e não fará “concessões ou compromissos”.
“Não nos importamos com que armas vocês tenham, nos importamos apenas com nossa terra. Vamos lutar por ela até o fim”, acrescentou. Zelensky também recebeu mensagens de diversos líderes europeus, que asseguraram apoio à causa ucraniana.