O estado da Flórida, nos Estados Unidos, deve ser atingido pelo pior furacão em um século. Milhares de pessoas receberam alertas para deixarem suas casas devido ao perigo de vida causado pela tempestade nomeada de “Milton”.
O furacão se tornou a terceira tempestade de intensificação mais rápida já registrada no oceano Atlântico. Ele chegou a estar na categoria 5, na escala Saffir-Simpson, que mede a intensidade das tempestades tropicais. O sistema acabou rebaixado para a 4, após os ventos caírem um pouco de intensidade. Apesar disso, o alerta das autoridades dos EUA segue no mais alto nível.
O governador do estado, Ron DeSantis, afirmou que neste momento “toda a península da Flórida está sob algum tipo de alerta ou advertência”. Além dos ventos intensos, que podem superar os 200 quilômetros por hora, o furacão deve elevar o nível do mar e empurrá-lo sobre a costa da Flórida.
“Vocês têm tempo para sair, então, por favor, saiam”, reforçou o DeSantis. “Essa tempestade é tão forte, tão grande. Estamos em modo de sobrevivência”, lamentou.
Mais da metade do estado possui risco “moderado” a “alto” de inundações. O governo estadual pediu para que os moradores das áreas de maior risco deixem suas casas.
“Milton tem o potencial de ser um dos furacões mais destrutivos já registrados no centro-oeste da Flórida”, disse o NHC (Centro Nacional de Furacões) na manhã desta terça-feira. A evacuação é tratada como “life threatening”, ou seja, de risco de vida se os moradores não deixarem suas residências.
Biden pede evacuação e adia viagens
“O Milton pode ser o pior furacão a atingir a Flórida nos últimos 100 anos”, afirmou presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao pedir para que os habitantes das áreas de evacuação fujam o quanto antes.
“Dada a trajetória prevista e a força do furacão Milton, o presidente Biden adiou sua próxima viagem à Alemanha e Angola para supervisionar os preparativos e a resposta ao novo furacão, além da resposta contínua aos impactos do furacão Helene no sudeste”, anunciou a Casa Branca.
O alerta recebe maior peso por causa da passagem da tempestade tropical Helene, que causou 235 mortes, em seis estados estadunidenses. A tempestade foi a segunda mais mortal a atingir os Estados Unidos nas últimas cinco décadas. Só ficou atrás do Katrina, em 2005, que matou mais de 1,8 mil pessoas.